O presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva, avalia como reduzidas as chances do retorno das atividades da categoria neste fim de semana. Sem um acordo com a prefeitura pela sexta-feira, muitos feirantes ainda estão relutantes com a retomada. Uma assembleia virtual às 8h de sexta-feira (31) vai deliberar sobre a abertura ou não neste fim de semana.
“Pelo que vejo nos grupos, provavelmente não vai abrir. As pessoas não estão confiando que, se abrir, a prefeitura vai ceder a sexta-feira no futuro. A Feira Hippie está nesse impasse. Não sabe se vai abrir, pois o feirante está revoltado”, disse o presidente da associação, Waldivino da Silva.
A Feira Hippie ganhou autorização para voltar a trabalhar desde o último sábado (25), mas um impasse sobre a liberação da sexta-feira adiou a retomada. Os feirantes alegam que o dia representa cerca de 50% das vendas semanais “É o único dia em que dividimos o bolo com a Região da 44, pois sábado e domingo não temos mais o cliente do interior”, diz o presidente.
Uma negociação com o Paço foi iniciada. A Associação dos Feirantes apresentou uma proposta na qual abre mão do domingo ou até mesmo do sábado, desde que mantenha a sexta-feira. Pela proposta, a Feira Hippie ficaria trabalhando em dois dias até que as obras da Praça do Trabalhador sejam concluídas, o que, conforme a prefeitura, deve ocorrer em 20 de outubro, e até que a epidemia de Covid-19 se estabilize.
Porém, de acordo com Waldivino, a prefeitura não enviou resposta. Uma reunião da Associação dos Feirantes com o comitê de crise estava marcada para esta quinta-feira, mas foi adiada para segunda-feira (3), às 8h30.
O presidente da associação afirmou ainda que, caso a assembleia desta sexta delibere pela abertura da Feira Hippie já no sábado (1), seria possível montar as barracas, mesmo com “muito transtorno”.