A Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan) divulgou nesta quinta-feira (7) o índice da inflação, que atingiu 1,39% em junho, em Goiânia. O número é o segundo maior do ano, atrás de janeiro, quando foi registrado 1,75%. De acordo com o balanço, o feijão puxou a alta da inflação na capital, com 76,80%.
Outros produtos alimentícios também puxaram: feijão preto, 33,84%; leite longa vida, 20,45%; arroz, 4,42%; e açúcar, 4,70%. No acumulado, a inflação chega a 5,63% no ano e 12,11% nos últimos 12 meses. Os preços dos produtos alimentícios também aumentaram em junho 3,81%, o que representou 87% do índice de 1,39%.
Para o gerente de Pesquisas Sistemáticos e Especiais do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) da Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, a expectativa era de que o indicador continuasse próximo do registrado em maio, de 0,28%. No entanto, os produtos alimentícios desequilibraram a oferta.
Com contribuição positiva, a saúde e os cuidados pessoais tiveram 0,79%; educação, 1,57%; vestuário, 0,86%; despesas pessoas, 0,19%. Por outro lado, ajudaram a conter o ritmo de alta do indicador habitação menos 0,01%; e transportes, menos 0,43%.
Outros produtos alimentícios que pressionaram a inflação são leite condensado, com 6,32%; creme de leite, 7,18%; queijo frescal, 3,32%; queijo mussarela, 1,22%; e requeijão cremoso, 2,01%. O hábito de alimentar fora de casa também ficou mais caro em junho, com reajuste de 4,28% do refrigerante de 290 mililitros e do sanduiche/bauru, em 5,05%.
Também impactaram a inflação a educação, em 1,57%, com reajuste do uniforme escolar, de 4,01%; e artigos de papelaria, com 0,56%; além de saúde e cuidados especiais, com 0,79%; tratamento dentário, 2,24%; consultas médicas, 1,67%; creme hidratante, 2,91%; condicionador para cabelo, 2,07%; creme dental, 1,20%.