Categorias: Economia

Fazenda avalia forma de incluir contrapartidas para dívidas

O governo está avaliando formas de reintroduzir as contrapartidas a serem cumpridas pelos Estados no caso da renegociação das dívidas estaduais. As exigências, retiradas pelos deputados na votação da proposta semana passada, obrigavam os governadores a cortar gastos e equilibrar as contas.

“Não tem sentido ter postergação do pagamento de dívidas sem ter instrumentos e condições para que os Estados façam os ajustes. Não basta adiar a dívida. Isso seria só jogar o problema para frente”, afirmou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia.

Ele esteve na manhã desta terça-feira (27) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Aprovada pela Câmara no último dia 20, a proposta que renegocia as dívidas estaduais acabou sem esse trecho das contrapartidas, considerado essencial pelo governo. “O ponto é que a exigência é necessária para que possamos resolver o problema. Não queremos uma mudança que não é duradoura”, afirmou Guardia.

Questionado se, da forma como a lei foi aprovada na Câmara, a situação continuará inviável, o secretário disse que “uma solução que não seja juridicamente robusta não vai resolver o problema, que está em um desequilíbrio na estrutura receita-despesa”.

A proposta havia sido aprovada pelos senadores, uma semana antes, com sete contrapartidas a serem cumpridas pelos governadores. Para o Ministério da Fazenda, sem o comprometimento dos Estados em cortar gastos, não haverá resultados a longo prazo na renegociação.

Ocorre que o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de um dos Estados mais afetados com dúvidas, o Rio de Janeiro, bancou a votação da proposta sem as contrapartidas. Durante a votação, disse que não se poderia fazer todas as vontades da Fazenda. Após a aprovação do texto, chamou os técnicos da pasta de sem sentimentos. No dia seguinte, convidou o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) para uma visita de cortesia.

“O problema é que o projeto não foi aprovado integralmente na Câmara. Então nós cabe analisar do ponto de vista jurídico a solução que a gente tem para seguir adiante e, do ponto de vista técnico, se a gente consegue fornecer aos governos estaduais os instrumentos que eles precisam para ajustar as suas finanças”, completou o secretário do Ministério da Fazenda.

Enquanto a Fazenda avalia uma forma de encaixar as contrapartidas, a proposta já avalizada pelo Congresso está na fila a espera da sanção do presidente Michel Temer.

Folhapress

Leia mais:

Thais Dutra

Notícias Recentes

Com time reserva, São Paulo vence Atlético-GO que atinge 14 derrotas no Brasileirão

Nem a mudança de técnico alterou a rotina do Atletico-GO no Campeonato Brasileiro da Série…

11/08/2024

Equipe da França auxilia na remoção de motores da aeronave da Voepass e primeiros corpos são identificados

Neste domingo (11), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força…

11/08/2024

Polícia prende quadrilha especializada em furtar cartões presos em caixa eletrônico

Uma ação conjunta entre PMGO, PMDF E PMCE prendeu 4 integrantes de uma quadrilha que…

11/08/2024

Médica que iria embarcar em avião que caiu em Vinhedo mudou passagem após pressentimento do pai

A médica Juliana Chiumento comprou uma passagem para a viagem programada na tarde de sexta-feira…

11/08/2024

Licença-paternidade : Conheça a importância e as regras desse benefício

Conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 115 países oferecem o benefício da licença-paternidade. No…

11/08/2024

“Saúde não é despesa, é investimento”, afirma Vanderlan Cardoso

“Saúde não é despesa, é investimento, principalmente na atenção primária”, ressaltou Vanderlan ao tratar da…

11/08/2024