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Familiares denunciam descaso em buscas por vítimas de naufrágio no Pará

Um grupo de familiares de nove pessoas desaparecidas em um naufrágio no rio Amazonas há duas semanas fizeram um protesto nesta segunda-feira (14) contra a demora nas buscas pelas vítimas -até agora nenhum corpo foi encontrado. O acidente foi o maior no número de vítimas em rios do Pará em 36 anos.

O acidente entre um comboio de balsas e um navio cargueiro aconteceu no dia 2 entre os municípios de Óbidos e Oriximiná, no oeste do Pará. Com o encontro entre os dois, algumas das balsas naufragaram e até agora continuam no fundo do rio. Todos os desaparecidos eram tripulantes das balsas.

Os familiares das vítimas bloquearam um trecho da avenida Cuiabá em frente a sede do Ministério Público Federal em Santarém (a 700 quilômetros de Belém), onde o caso está sendo investigado. Representantes do grupo foram recebidos no MPF.

Os parentes pediram justiça e reclamaram da falta de ações das duas empresas envolvidas no acidente, a Mercosul Line (dona do navio cargueiro) e a Transportes Bertolini Ltda (proprietária das balsas).

Os familiares acreditam que os corpos dos desaparecidos estão no empurrador das balsas, que naufragou no acidente. O veículo foi encontrado por um radar a 63 metros de profundidade dentro do rio, em um ponto a 15 quilômetros de onde ocorreu o caso.

Segundo o Corpo dos Bombeiros, o local tem correnteza forte e pouca visibilidade, o que dificulta o trabalho dos mergulhadores.

Por isso, os familiares dos tripulantes pedem que a Bertoloni tome as providências necessárias para que a retirada seja feita. “As famílias precisam resgatar seus familiares desaparecidos, precisam ser respeitadas. A responsabilidade é solidária. É preciso uma ação enérgica das autoridades competentes”, disse o presidente da OAB de Santarém, Ubirajara Bentes Filho.

Ubirajara afirmou ainda que as empresas devem pagar o que for necessário para que o resgate seja feito. Em nota, a Marinha disse que continua na busca pelos desaparecidos e que aguarda um plano da Bertolini sobre o resgate do empurrador.

A Bertolini disse que já contratou uma empresa para fazer o resgate da embarcação e que dará mais informações apenas nesta quarta-feira (16). A Mercosul disse que o navio envolvido no acidente já voltou a navegar e que sua “preocupação imediata continua sendo com os tripulantes desaparecidos”. (Folhapress)

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Larissa Laudano

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