Quase nove meses após a tragédia que matou 71 pessoas, familiares de vítimas do acidente com o voo da Chapecoense criaram uma associação para defender o interesse dos familiares e buscar auxílio.
Criada em abril, a Abravic (Associação Brasileira da Vítimas do Acidente com a Chapecoense) conta com 20 familiares de vítimas do acidente e tem o ex-goleiro Follmann, um dos seis sobreviventes da tragédia, como diretor da entidade.
A associação tem a missão de angariar fundos para contribuir e auxiliar no atendimento e na assistência às vítimas e familiares do voo LMI 2993, que caiu a cerca de 30km do aeroporto José Maria Córdova, nas proximidades de Medellín, deixando 71 vítimas fatais.
A intenção da associação é desenvolver parcerias públicas e privadas para auxiliar na causa. A Abravic atua no auxilio psicológico às famílias e também no auxilio à educação dos filhos dos familiares das vítimas. O montante da ajuda pode chegar a R$ 600 por filho.
O presidente da entidade, Gabriel Santos Cordeiro de Andrade, explicou à reportagem que a meta da associação, porém, não será entrar com processos jurídicos contra os envolvidos no acidente.
“A nossa missão é ajudar as famílias de forma social, nosso foco é a assistência social das famílias. Não temos esse interesse e qualquer interesse de outras entidades nesse sentido. Para mim, isso contamina o processo”, disse o presidente da Abravic.
Andrade negou que o grupo tenha ligação com a Chapecoense, que vem sendo alvo de críticas de familiares das vítimas. “Não temos ligação com a Chapecoense. Eu fui contactado na época da tragédia e sugeri a abertura de uma associação e gratuitamente eu ofereci ajuda, para colocar a ‘coisa’ para andar”, afirmou.
O presidente da Abravic explicou que vem falando com os outros sobreviventes do acidente, além de Follmann. “O Alan [Ruschel] fez uma declaração pública em nossa causa e o Neto conhece nossa causa. A próxima reunião que devo ter é com o Rafael Henzel, para apresentar nosso projeto”, destacou.