O cinegrafista goiano Ari Júnior morreu na madrugada desta terça-feira (29), vítima da queda do avião que saiu de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia e que conduzia 81 pessoas rumo a cidade de Medellin, na Colômbia. Entre as pessoas a bordo da aeronave, 21 jornalistas brasileiros e a delegação da Chapecoense que iria disputar a decisão da Copa Sulamericana contra o Atlético Nacional.
Ari nasceu em Goiânia e morou desde a infância em Trindade. A cidade ficou abalada com a notícia do acidente que matou uma de suas figuras mais ilustres.
Familiares do cinegrafista que trabalhava na Rede Globo foram entrevistados pela TV Anhanguera e bastante emocionados relataram um pouco da dor da tragédia e da importância do pai e ex-marido.
“Ele nunca alterou o tom de voz comigo. Nunca teve coragem de brigar comigo e ele sempre será o homem da minha vida. O trabalho que ele fez eu tenho certeza que será lembrando por muito tempo” – disse Isabelle Rodrigues de Araújo, de 15 anos.
Thalysson Rodrigues de Araújo, que é jornalista e trabalha na TV Serra Dourada comentou a vontade de seguir os passos do pai: “Sempre brincava com ele. Pai se eu for 30% do profissional que o senhor é – para mim já vai estar valendo”.
Walquiria Rodrigues de Oliveira, uma das ex-mulheres de Ari elogiou o cuidado que o pai tinha com os filhos e relatou seu sucesso profissional. “Ele transformava coisas simples em esplêndidas. Ele marcou. O Ari faz parte da história da televisão. Estamos em choque”.
Selma, primeira esposa do repórter cinematográfico lembrou com carinho da relação dos dois. “Foi meu primeiro tudo. Nós estudamos juntos, aprendemos tudo juntos”.
Alisson, o filho mais velho e fruto do relacionamento com Selma disse que o pai nunca esqueceu dos filhos, mesmo estando longe. “Sempre que ele viajava, trazia uma lembrancinha que eu guardava. Tem de Athenas, Rally dos Sertões, de Israel. Ele vai fazer muita falta, muita mesmo”.