Diante do impasse criado em torno do nome que representará a Federação Brasil da Esperança em Goiás (PT, PV e PCdoB), a presidente do PSOL em Goiás, Cintia Dias pondera que o clima é de insegurança, haja vista o atual momento é de construção e de busca por uma unidade para ampliar a frente de forças progressistas. Ela até admite abandonar sua pré-candidatura ao Governo de Goiás, mas avalia que para isso é preciso que o PT entre para valer num projeto “de esquerda” que distancie do “coronelismo” que Goiás vive com a atual administração e também de lideranças que comandaram o Palácio das Esmeraldas no passado.
Cíntia faz referência a José Eliton (PSB) e Marconi Perillo (PSDB) e que o PT tem flertado em busca da construção de apoio e ampliação de palanque ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Tucano e o agora socialista comandaram Goiás num passado, em governos que a presidente do PSOL classificou como “autoritários”, por isso, afasta qualquer possibilidade de diálogo com a dupla. O PT que trabalha com o nome do ex-reitor da PUC-GO, Wolmir Amado nas prévias da eleição, colocou o dia 11 de junho como prazo para bater o martelo.
O que falta então para que a frente ampla em Goiás vingue? “A gente não tem dificuldade em manter essa relação de diálogo, estamos aqui e em todos provocando para que o PT reconheça o seu espaço na esquerda e ocupe. O que não dá para fazer é deixar todo de lado essa luta e movimentação e aliar-se aos inimigos. Quem privatizou a Celg foi Zé Eliton e o Marconi Perillo. Não tem como eu chegar nos trabalhadores do saneamento e falar sobre a luta da não privatização da água, mas vamos votar no Zé Eliton? Eles não vão aceitar. Vão dizer que a gente lutou contra a privatização da Celg e os caras privatizaram. Essa coerência ela precisa existir para ser apresentada e não dá para ser na figura desses nomes que representam o contrário das pautas que a gente defende historicamente”, destaca Cintia Dias, em entrevista exclusiva ao jornalista e diretor de redação do Diário de Goiás, Altair Tavares.
Dias destaca para além da frente ampla, a plataforma política do PSOL para Goiás, o conservadorismo e bolsonarismo em terras goianas e seu projeto na construção de uma candidatura para as eleições de 2022. Assista toda a entrevista na íntegra abaixo: