Kátia Maria. Foto: Wesley Menezes
A Câmara Municipal de Goiânia, com o apoio da vereadora Kátia Maria (PT), promoveu, na última quinta-feira (2), uma audiência pública para debater falhas do novo Plano Diretor de Goiânia. A discussão tratou, principalmente, das questões ambientais e de moradia popular.
A lei foi aprovada em outubro do ano passado, no entanto, necessita de revisões em determinados pontos, como em relação às Áreas de Preservação Permanente (APP), drenagem urbana da capital e obras de infraestrutura. Kátia Maria destacou a necessidade da revisão. “Vivemos um momento em que as mudanças climáticas são cada vez mais severas e o nosso Plano Diretor, ao invés de contribuir para amenizar, colabora para agravar essa situação, adensando e prejudicando áreas de preservação”, pontuou.
Os estragos causados pelas tempestades recentes, que provocaram alagamentos e quedas de árvores em diversos pontos de Goiânia, foram apontados pela vereadora como exemplos de problemas urgentes na discussão do Plano Diretor. Um dos pontos especificados é o aperfeiçoamento das APPs. “O Plano Diretor estipula que são necessárias as preservações das nascentes, mas não apresenta sequer um mapa de onde estão essas nascentes”, alertou Kátia.
Na audiência, as preocupações da vereadora foram reforçadas pelos representantes das entidades de arquitetura e engenharia presentes, e pela professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenadora do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana, Celene Barreira. “Esse Plano Diretor, como foi aprovado, é bastante preocupante, mas ainda é possível fazer correções e temos de buscar esses ajustes dentro do prazo legal para evitar maiores estragos em nossa cidade”, afirma a professora.
Kátia Maria ressaltou que a audiência é um meio de mostrar à população a necessidade de atualizações do Plano. “Temos de mostrar para a população que esse Plano tem falhas graves que vão impactar na qualidade de vida das pessoas e isso precisa ser corrigido. Essa audiência é um primeiro passo nesse sentido”, reiterou a vereadora.