A superintendente em vigilância epidemiológica de Goiânia, Flúvia Amorin, em entrevista ao Jornal da Bandeirantes, na Rádio bandeirantes 820 nesta terça-feira (23), fez um alerta sobre a baixa cobertura vacinal da campanha contra a gripe.
A Secretaria Municipal de Saúde (SME), deu início nesta semana a vacinação do segundo grupo, que integra os funcionários da saúde. “Nossa campanha começou no dia 10 de abril com o grupo de mulheres gestantes, mulheres que deram a luz nos últimos 45 dias e crianças de seis meses a menores de seis anos. A nossa expectativa ainda é de alcançar pelo menos 95% de toda a população desses grupos “, explica Flúvia.
Segundo a superintendente, apenas 30% do primeiro grupo foi vacinado. “Falta ainda um grande número de pessoas para serem imunizadas. Isso não é somente números, quando eu falo de alcançar a cobertura de 95% não é apenas alcançar um número grande, mas, principalmente para proteger essas pessoas. Com esses 95% de cobertura nós podemos evitar surtos e epidemias”, alerta.
Um dos grandes vilões dessa baixa procura pela vacina, de acordo com Flúvia, é além das Fake News, a despreocupação da própria população. “O que a gente tem visto no Brasil é uma resistência sobre a vacina principalmente por conta de mensagens falsas, mas nós temos também um outro motivo, quando a gente compara o ano de 2018 com o ano de 2019. No ano passado nós tivemos um grande número de casos graves por H1N1, e isso acabou se espalhando pelo Estado, em Goiânia foram mais de 20 mortes. Isso fez com que as pessoas pelo medo procurassem a vacina”, pontua.
De acordo com a superintendente, neste ano não tem casos de óbito por H1N1, e isso é resultado da vacinação de quase 100% da população no ano passado. “As pessoas precisam entender que se não vacinar nós vamos ter o mesmo problema de 2018, por isso é importante que mesmo sem casos agora, a gente vacinar o maior número de pessoas e esses grupos de risco para evitar. As pessoas que não foram vacinadas no grupo passado podem ir se vacinar. Essa semana nós começamos com os trabalhadores da saúde, é importante que para terem acesso a vacina eles levem o crachá que identifique ser um trabalhador da saúde ou um contra cheque. Durante a campanha nós temos 56 salas funcionando de segunda a sexta-feira das 8 às 17 horas”, finaliza Flúvia.
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