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Categorias: Economia
| Em 8 anos atrás

Faeg prevê 2017 de austeridade e equilibrio

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O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner apresentou o balanço de 2016 que chega ao fim e as perspectivas do ano que se aproxima. 

Ele levantou números positivos para mostrar que o Estado teve um bom desempenho, como exemplo, ele citou que a expectativa para o próximo ano é que haja um aumento de 25% na produção de grãos em Goiás, ultrapassando os 22 milhões de toneladas comparado a safra 2015/2016. Em destaque, ele ressaltou que é necessário que o produtor tenha mais austeridade, equilíbrio e atenção em 2017. 

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Segundo José Mário, o setor foi o único com saldo positivo de crescimento, muito beneficiado pela geração de empregos e pelo bom desempenho na balança comercial. José Mário falou também sobre a atual turbulência política e econômica do País, com endividamento do governo, das famílias e a quebra de safra em Goiás, considerada por ele a pior série da história. 

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Perspectivas

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Quando se trata de riqueza de mercado goiano, o Ranking de Competitividade dos Estados de 2016 aponta Goiás em 12° lugar na competitividade entre as 27 unidades da Federação e a nona economia do País. A estimativa é que o PIB estadual feche em R$ 166 bilhões em 2016. Porém em um cenário tão preocupante, o setor da agropecuária também enfrentou dificuldades. Segundo ele, o crescimento esperado do PIB gira em torno de 2%, em 2017, o que reflete o baixo desempenho esperado pela agroindústria no próximo ano, a alta de jutos e o aumento do custo de produção e dos impostos dos Governos Federal e Estadual foram apontados como principais gargalos de 2016. 

Para o presidente, é necessário continuar investindo em 2017 na assistência técnica. Ele também sinaliza a necessidade de definir o atual quadro político do País, buscando melhorias para a infraestrutura, retomada de investimentos e a implantação de uma política plurianual. 

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Grãos  

Na produção de grãos, a área plantada da safra 2015/2016 teve um aumento de 3,07% em relação à safra anterior, saltando de 5,18 milhões para 5,34 milhões de hectares. A principal cultura que contribuiu para esse Para o presidente, é necessário continuar investindo em 2017 na assistência técnica. Foto: Fredox Carvalhocrescimento foi o milho safrinha, que acumulou alta de 17,5% na área plantada neste ano – chegando aos 1,33 milhão de hectares. Mesmo assim, o resultado produtivo foi desastroso, influenciado pela falta de chuva nos meses de março e abril, que gerou uma quebra de produção de 49,5% em relação a safrinha anterior. Ao final, a produção de milho safrinha foi de 3,87 milhões de toneladas, contra 7,68 milhões produzidos em 2015.

Carne

Em relação a carne bovina, o grande destaque em 2016 foi a abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne in natura. Os primeiros embarques desse produto brasileiro ocorreram em setembro. Os norte-americanos são os principais consumidores mundiais do produto – responsável por 20% do total. Em Goiás, houve queda na produção de 4,4% em 2016 em confronto com 2015. A redução ocorreu devido à baixa oferta de gado para abate e uma fraca demanda. As exportações reduziram 12% em valores e 7% em volumes. De janeiro a novembro foram exportadas 171.660 toneladas. Na parte de confinamento, Goiás reduziu 18% o número de animais confinados. 

Do outro lado, os setores da avicultura e suinocultura tiveram destaque relevantes como o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de 14 estados brasileiros livres de peste suína clássica e o marco legal da integração, com a publicação da Lei 13.288 de maio de 2016. Em relação a produção goiana das atividades, houve redução de 2% na carne de frango e 0,7% de aumento na carne suína. As exportações de avicultura reduziram 7% em valores e 8% em quantidade – chegando a um total de 161.145 toneladas. Já a suinocultura, o estado exportou 7%, – de um total de 48.606 toneladas, mas houve uma redução de preços em 17%.

Leite

No setor lácteo apesar dos preços de 2016 terem sido melhores do que 2015, o fechamento do ano para os produtores foi de queda expressiva nos preços com custos elevados. Todo o ganho que os produtores tiveram com a recuperação nos preços até julho, perderam mais de 40% com a queda de preços a partir de agosto, com aumento dos custos de até 43%. Essa instabilidade dos preços, somado com os altos volumes de leite importado e com medidas do governo (IN 40) contribuindo para o aumento dessas importações, fizeram com que a produção de leite caísse em 22 dos 27 estados brasileiros – queda de 11% na produção de leite em Goiás somente no 1º semestre de 2016. 

Capacitação 

Durante o encontro José Mário, que também preside o Conselho do Admirativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), destacou os números do Senar Goiás, que em 2016, realizou mais de 250 mil atendimentos em cerca de 6.500 ações de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS). Já nos Cursos de Educação a Distância (EAD), a entidade somou mais de 19 mil alunos, que participaram cursos à distância e, em sua maioria, via online. Para o presidente, essa é uma forma de oferecer qualificação e gerar emprego e renda para diversas famílias goianas. 

(com informações da FAEG)

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