O Facebook anunciou nesta sexta (6) que vai exigir a identificação e a localização de quem quer divulgar anúncios políticos e eleitorais na plataforma, incluindo mensagens sobre temas sensíveis que estejam em debate público em diferentes países.
Cada um desses anúncios terá um ícone no canto superior esquerdo, que identificará o conteúdo como “anúncio político” e dirá quem está pagando pelo material.
O objetivo da empresa é colocar a ferramenta em funcionamento nos Estados Unidos, sede da companhia, até o final do semestre. Ela deve ser estendida a outros países na sequência.
O Facebook informou que está trabalhando numa lista de tópicos sensíveis junto com parceiros, e que quaisquer anúncios sobre temas “que estejam sendo debatidos em âmbito nacional” passarão pela verificação da plataforma. Os anunciantes só poderão divulgar o material patrocinado após o processo de verificação.
O usuário também poderá verificar todos os posts que aquele patrocinador está divulgando no Facebook, mesmo que não estejam em seu feed de notícias. A ferramenta, chamada “exibir anúncios”, estará disponível a partir de junho.
A companhia prometeu lançar ainda um sistema de busca por anúncios no Facebook, também em junho, em nível global.
As medidas pretendem evitar a interferência e manipulação de eleições por meio da plataforma, e é mais uma resposta aos recentes questionamentos sobre a suscetibilidade do Facebook à atuação de perfis falsos e ao vazamento de dados de usuários para fins políticos e comerciais.
No comunicado desta sexta, os vice-presidentes do Facebook Rob Goldman e Alex Himel reconhecem que a empresa foi “lenta” para identificar a interferência estrangeira nas eleições dos EUA em 2016.
“As atualizações de hoje foram pensadas para evitar abusos futuros em eleições, e para ajudar a garantir que o usuário tenha as informações necessárias para avaliar anúncios políticos e sobre temas de relevância nacional”, afirmaram.
Além dos EUA, que terão eleições legislativas no final do ano, o Facebook também quer garantir a integridade da votação em outros países, em especial o Brasil e a Índia, conforme afirmou o fundador da empresa, Mark Zuckerberg. (Folhapress)
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