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Existe base para impeachment de Trump, mas falta apoio, diz ex-procurador

Há provas para sustentar uma acusação contra Donald Trump por obstrução da Justiça, mas falta o apoio do Congresso de maioria republicana para abrir o processo de impeachment contra o presidente, avalia o ex-procurador federal Samuel Buell, que leciona na Universidade Duke.

Pergunta – O “New York Times” revelou um memorando do ex-diretor do FBI James Comey que cita um pedido de Trump para encerrar a investigação sobre seu ex-assessor Michael Flynn, mas o documento não foi divulgado. Há provas para um processo?

Samuel Buell – Temos que ver o que Comey diz sob juramento, o que deve ocorrer no Congresso em breve. O memorando então será apenas uma peça no quebra-cabeças que deve tornar o depoimento de Comey sobre suas conversas com o presidente mais críveis.

Se comprovado que Trump tentou intervir na investigação do FBI, ele terá que responder a isso judicialmente?

Sob a lei americana, a obstrução de uma investigação federal pelo presidente é crime de obstrução da Justiça. O presidente tem o poder de indicar e demitir o diretor do FBI e de supervisionar o FBI, mas ele não deve usar esses poderes para proteger a si mesmo, a seus amigos e a assessores.

– A tentativa de obstrução pode levar a um processo de impeachment contra Trump?

– Há provas suficientes para apoiar uma acusação, mas o processo de impeachment é determinado pela vontade da maioria no Congresso. O Partido Republicano controlará o Congresso até, ao menos, 2019 [há eleições legislativas em 2018], e não é provável que os procedimentos de impeachment sejam instituídos a não ser que eles [republicanos] considerem que o presidente perdeu o apoio político e a capacidade para governar. Não chegamos a este ponto.

– A gravidade das revelações até agora é comparável às que levaram aos processos de impeachment de Bill Clinton (1998-99) e Richard Nixon (1974)?

– O que temos aponta um cenário mais grave do que o de Clinton [perjúrio e obstrução da Justiça no caso Monica Lewinsky], mas menos do que o de Nixon [obstrução da Justiça e abuso de poder no Watergate]. Só que estamos no início do caso. Outra diferença é que Nixon e Clinton tinham Congressos com maioria opositora, o que não é o caso agora.

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Rayka Martins

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