O exército sírio assumiu nesta quinta-feira (2) o controle total da cidade de Deir Ezzor, no leste do país, último grande centro urbano com presença do Estado Islâmico, segundo a agência estatal de notícias Sana.
A retomada da área representa um duro golpe para os jihadistas, que atualmente acumulam reveses no país e no Iraque. Em outubro, o EI foi expulso de Raqa, território na Síria onde a organização terrorista proclamou sua “capital” em 2014.
Agora, as unidades de Engenharia do exército sírio atuam para neutralizar minas e outros artefatos explosivos espalhados pelo EI em Deir Ezzor, de acordo com a imprensa estatal.
Segundo correspondente da agência de notícias AFP, a cidade sofreu muitos danos materiais, com edifícios em colapso ou com fachadas totalmente destruídas. Ruas estão bloqueadas pelas trincheiras criadas pelo EI.
Deir Ezzor, capital da província homônima, rica em petróleo e na fronteira com o Iraque, é cenário de dupla ofensiva contra o grupo radical.
Ao oeste do rio Eufrates avançam as tropas governamentais, que seguem para a localidade de Bukamal, na fronteira com o Iraque, com o apoio aéreo da Rússia.
Ao longo da margem leste se deslocam as Forças Democráticas Sírias (FDS), aliança curdo-árabe que tem apoio dos EUA.
Forças iraquianas avançaram nesta sexta-feira (3) em Al-Qaim, centro do último reduto do grupo Estado Islâmico no país.
Segundo o general Nomane al-Zobai, comandante da 7ª Divisão do exército iraquiano, divisões do exército e das forças antiterroristas “iniciaram o ataque no centro de Al-Qaim”.
Antes da ofensiva, aviões da coalizão internacional liderada pelos EUA bombardearam posições jihadistas na cidade, que fica localizada a 10 km da fronteira da Síria.
A região de Al-Qaim tem 150.000 habitantes –50.000 deles na cidade— que pertencem a algumas importantes tribos sunitas.
De acordo com a coalização liderada por Washington, este é o “último grande combate” contra o califado proclamado pelo EI.
As ações em Al-Qaim, no Iraque, e em Deir Ezzor, na Síria, visam estrangular o grupo terrorista em seu último reduto. (Folhapress)