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Categorias: Cidades
| Em 8 anos atrás

Ex-presidente do IPSM destaca existência de apropriação indébita de descontos de servidores

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O ex-presidente do Instituto de Previdência do Servidor Municipal (IPSM), Dario Campos, foi ouvido nesta quarta-feira (14), por vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito que analisa as contas da Prefeitura de Goiânia correspondente aos anos de 2008 a 2016, nas gestões dos prefeitos Iris Rezende (PMDB) e Paulo Garcia (PT). Os parlamentares questionaram Dário Campos sobre a dívida do IPSM na ordem de R$ 139 milhões referentes a recursos retidos dos salários dos servidores não repassados para aos credores de direito.

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Dário Campos presidiu o Instituto de Previdência entre janeiro de 2013 e maio de 2015. Ele declarou que se não há o repasse dos recursos descontados dos vencimentos dos servidores, existe apropriação indébita. Ele declarou que talvez os repasses não foram feitos por conta de indisponibilidade financeira para o cumprimento de todas as obrigações da prefeitura.

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“Em tese é retirado do valor que o servidor teria que receber. De quando você faz o pagamento da folha de pagamento, ao se fazer o pagamento líquido, há um outro prazo para fazer a transferência das consignações que são descontadas dos servidores. Essas consignações, esses repasses não foram feitos dentro do prazo e se acumularam com o passar do tempo. Por conta de falta de disponibilidade financeira penso eu. A gestão optava por fazer os pagamentos que lhe eram pertinentes e muitas vezes o que tinha de disponibilidade financeira não dava para honrar todos os compromissos do Município”, explicou.

Dário argumentou que enquanto esteve à frente do IPSM, havia valores acumulados, mas bem menores do que na atualidade. Ele declarou que fez as devidas cobranças ao Município. Dário Campos também foi secretário de Finanças, ele disse que até o ano de 2012 não havia dívida relativa a desconto de servidores.

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“Enquanto estive à frente do Instituto de Previdência, em alguns meses o Município deixou de fazer o repasse atempadamente. Mas as cobranças foram executadas e alguns pagamentos foram executados. Me afastei do Instituto em 2015 e de 2015 em diante não tenho conhecimento de como se encontra esta situação. Era um valor bem inferior do que foi acumulado agora. Até 2012 quando fui secretário de Finanças, não existia dívida de desconto de servidores a nenhum credor do Município.”, declarou.

Dário Campos ainda declarou que não tem temor de que tenha ocorrido algum tipo de irregularidade no período em que foi secretário Municipal de Finanças e quando foi presidente do IPSM.

“Não tenho nenhum temor. Porque quando fui secretário de Finanças todas as obrigações por mim foram executadas e enquanto gestor do IPSM eu administrava uma entidade que era credora, e todas as cobranças possíveis em lei eu fiz”, declarou.

Instaurada em março deste ano, a CEI foi proposta por Jorge Kajuru com o apoio de trinta e dois dos trinta e cinco vereadores, com o objetivo de investigar os motivos de um déficit mensal de mais de 30 milhões de reais na Prefeitura de Goiânia. A Comissão é presidida pelo vereador Zander Fábio (PEN) e tem como membros :Jorge Kajuru (PRP), relator; Priscilla Tejota (PSD), Oséias Varão (PSB), Tiãozinho Porto (PROS) e Kleybe Morais (PSDC), sendo que estes dois últimos não estavam presentes na reunião desta quarta.

Foram aprovados dois requerimentos apresentados por Jorge Kajuru: o de reconvocação do ex-secretário de Finanças, Jeovalter Correia e o convite para que o promotor Fernando Krebs, do Ministério Público possa participar das próximas oitivas. Para a próxima segunda-feira, 19, às 14h30, na Sala das Comissões, estão previstos os depoimentos do atual presidente do IPSM, Sílvio Fernandes Filho e dos ex-presidentes Lauro Belchior e Fernando Evangelista da Silva.

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