A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no fornecimento de energia elétrica por parte da Enel em Goiás realizou mais uma reunião ordinária nesta quinta-feira, 19. Sob o comando do presidente, deputado Henrique Arantes (PTB), o colegiado foi informado de que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) vai prestar esclarecimentos à CPI no início de outubro. “Falei com o ex-governador ontem por telefone, e ele garantiu que vai comparecer a esta CPI, a data não foi definida, mas ele deve me informar com precisão em breve”, informou o presidente.
O ex-vereador Maurício Beraldo participou da reunião como representante da população do Residencial Vale dos Sonhos, e ressaltou as dificuldades e anseios em relação à distribuição de energia elétrica na região. “O Vale dos Sonhos tem escritura e registro. A população paga ITU que varia entre 2,5 mil e 3 mil reais, e ainda assim mais de 100 lotes não têm energia. As torres de transmissão são antigas e não atendem à demanda das indústrias de móveis instaladas na região”, relatou Maurício.
Para o relator da CPI, deputado Cairo Salim (Pros), loteamentos sem regularização são alvo de ligações clandestinas e geram insegurança à população. “Medidas precisam ser tomadas pela Enel para oferecer um serviço que atenda às necessidades reais do consumidor”, observou o parlamentar.
O deputado Alysson Lima (Republicanos), ao fazer o uso da fala, salientou a importância de ouvir o ex-governador Marconi Perillo. “Temos uma empresa atuando, que não atende às necessidades do consumidor. Precisamos ouvir o ex-governador antes de assinar o acordo com a Enel”, pontuou.
Henrique Arantes disse que a empresa italiana de distribuição de energia em Goiás está disposta a assinar um termo de acordo para resolver pontualmente algumas questões levantadas pela CPI em caráter emergencial, o que deve ser o início do fim das atividades desta comissão. “Estamos do meio pro fim. Agora é hora de pontar irregularidades e apontar soluções. A Enel deve aumentar o investimento em transformadores mais velozes e modernos e aumentar o valor investido em um espaço de tempo reduzido. Não dá pra esperar até 2020”, enfatiza.
O presidente do colegiado informa ainda que o acordo está sendo elaborado junto à Defensoria Pública e Enel e deve ser assinado em breve. “Acredito que até o dia 10 de outubro essa etapa do processo seja finalizada. Precisamos assinar esse acordo para garantir a execução dos serviços sob pena de punição, caso a Enel não cumpra o que foi acordado”, finaliza Henrique Arantes.