O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) foi indiciado na Operação Lava Jato nesta terça-feira (13), sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Preso preventivamente, ele é acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões em espécie pelo contrato de terraplanagem do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), obra da Petrobras.
Este é um dos inquéritos em que Cabral é investigado. O ex-governador também é alvo de investigações no Rio de Janeiro, pela Operação Calicute, e já virou réu sob acusação de receber propina em obras estaduais como o Arco Metropolitano, a reforma do estádio do Maracanã e a reurbanização da favela de Manguinhos.
Desta vez, o peemedebista é acusado de ter se beneficiado de propinas da Petrobras. Executivos da empreiteira Andrade Gutierrez admitiram o pagamento em suas delações premiadas.
Além dele, também foram indiciados o empresário Carlos Emanuel Miranda, casado com uma prima de Cabral e tido como seu operador e emissário, e Wilson Carlos Carvalho, ex-assessor do peemedebista e considerado seu braço direito. Os três estão presos.
Agora, caberá ao Ministério Público avaliar se há provas suficientes para levar o caso à Justiça e apresentar denúncia contra o ex-governador.
Os advogados de Miranda e Wilson Carlos informaram que não irão se manifestar sobre o indiciamento. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Cabral.
Em depoimento recente à polícia, o ex-governador disse que as acusações contra si são “uma mentira absurda” feita para “salvar delações”, e negou qualquer tipo de envolvimento na cobrança de propina.
Folhapress