É nesta terça-feira (8) que os Estados Unidos da América passam pelas eleições de meio de mandato, o evento que irá renovar uma grande parte do Parlamento (todas as 435 cadeiras da Câmara de Representantes e 35 das 100 do Senado) do país. A votação, que é tida como uma avaliação do presidente em exercício, neste ano, afeta política internacional por todo mundo, já que Joe Biden (Democratas) tem uma avaliação de apenas 40%, segundo divulgação do Instituto Gallup em outubro, e situação reflete em eventos pelo planeta.
Com o baixo índice de aceitação do presidente estadunidense, a tendência é de que seu partido e candidatos percam assentos. Pesquisas já preveem uma clara vitória dos republicanos na Câmara dos Representantes, que também podem retomar o controle do Senado e, se isso acontecer, pode significar mais uma previsão de Trump (Republicanos) ou outro forte nome do partido, consiga voltar ao poder em 2024.
Vale lembrar que, muitos candidatos republicanos alegam que a eleição presidencial de 2020, em que Trump perdeu, foi fraudada. Qualquer semelhança com o Brasil nos últimos dias não é mera coincidência. Nos EUA, eleitores de Nevada ou do Arizona se juntam aos candidatos conservadores e afirmam que não aceitarão vitórias que não sejam de seu partido.
Neste sentido, Biden já chegou a dizer que “a democracia (nos EUA) estava em perigo”. Sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, reforçou, em uma das coletivas diárias no início deste mês que “um número significativo de republicanos sugere que não aceitará o resultado” das eleições de meio de mandato.
Já em relação a nível mundo, uma reportagem do The Washington Post, alertou que, se houver vitória dos republicanos, fundos para pessoas em situação de miséria tanto nos EUA quanto no mundo, podem ser cortados, além da ajuda a Ucrânia, que passa por uma guerra contra a Rússia.
É por isso que o evento é tão importante para o mundo. Não é surpresa que o que ocorre nos EUA se torna exemplo ou reflete em outras regiões, outros países. O próprio Brasil, de certa forma, refletiu o que acontece nos Estados Unidos em 2020 (Trump não conseguindo se reeleger), com o que houve neste ano, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL), que também não conseguiu se reeleger.
Acontece que, como apontam estudiosos e especialistas, a democracia tem estado cada vez mais fragilizada e as polarizações existentes colaboram com a situação de desgaste da população e da política. Com isso, candidatos afirmando que não aceitarão resultados de eleições democráticas reflete, sim, de uma maneira negativa, afetando o mundo todo.
De acordo com o canal de TV NBC News, até este domingo (6), cerca de 40 milhões de estadunidenses já teriam votado antecipadamente, isso por quê nos EUA é possível votar antecipadamente pelos correios. Os eleitores votarão também para eleger governadores, representantes locais e chefes de polícia.
Este ano, vão ser escolhidos 39 governadores (36 de estados e três de territórios).As eleições deste ano incluem ainda 129 boletins de voto (em 36 estados) com questões de referendo a matérias relacionadas com o direito ao aborto.
Do Parlamento, os senadores são escolhidos para um mandato de seis anos e cada estado tem direito a dois senadores (independentemente do seu tamanho ou população), mas para a Câmara de Representantes os lugares são distribuídos em função da dimensão de cada estado, com um mandato de quatro anos.