Seis aviões militares dos Estados Unidos e quatro da Coreia do Sul sobrevoaram a península coreana nesta segunda-feira (18) em nova demonstração de força, segundo o Ministério da Defesa sul-coreano.
De acordo com o ministério, quatro aviões americanos “invisíveis” aos radares F-35B, além de dois bombardeiros B-1B, também dos EUA, sobrevoaram a península junto de quatro caças sul-coreanos F-15 para “demonstrar a capacidade de dissuasão da aliança entre Estados Unidos e Coreia do Sul contra as ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte”.
Segundo o governo sul-coreano, as atividades fazem parte da “rotina” de manobras militares conjuntas entre EUA e Coreia do Sul.
Esses são os primeiros voos militares desde que Pyongyang fez, no começo de setembro, seu sexto e mais potente teste nuclear com o que seria uma bomba de hidrogênio.
Na semana passada, a Coreia do Norte lançou novo míssil que sobrevoou o Japão, elevando ainda mais as tensões na região.
Após os disparos, os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Coreia do Sul, Moon Jae-In, conversaram por telefone e se comprometeram a exercer “maior pressão” sobre Pyongyang.
Apesar das ameaças, a Coreia do Norte disse que mais sanções contra o país vão estimular novos planos nucleares.
“[As sanções] representam o mais cruel, antitético e desumano ato de hostilidade para exterminar fisicamente a população da Coreia do Norte, em especial seu sistema e governo”, afirmou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, de acordo com a agência estatal norte-coreana KCNA.
Também nesta segunda (18), a China e a Rússia iniciaram manobras militares marítimas conjuntas em uma área próxima da Coreia do Norte.
As Forças Armadas da Rússia e da China realizam regularmente manobras militares conjuntas. As últimas tinham acontecido em julho no Mar Báltico.
Navios da Marinha chinesa também chegaram nesta segunda a Vladivostok, cidade portuária russa próxima da fronteira norte-coreana.
O ministério da Defesa chinês não informou o objetivo nem a duração das manobras iniciadas esta semana. (Folhapress)