O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, explicou durante entrevista exclusiva ao Diário de Goiás que não vê dificuldades na criação de linhas de ônibus que funcionem durante a madrugada. A demanda surge a partir de um projeto de lei em tramitação que obriga as empresas a rodarem por 24 horas.
“Não vejo dificuldade em fazer, mas só que, para a gente fazer isso, para implementar isso, a gente precisa de estudo, precisa de avaliação. Ver o volume de passageiros. Quantos passageiros são? Vou implementar um corujão em qual sentido? Para qual rota?”, destacou Abreu ao DG.
Nesse sentido, é importante buscar o equilíbrio para que o serviço não entre em bancarrota. “Eu acho que toda linha nova, todo serviço novo a gente precisa avaliar os dois lados. Eu preciso avaliar o lado do usuário, porque ele tem um interesse, ele tem necessidades de se locomover dentro da cidade, e tenho que avaliar a sustentabilidade desse sistema. O sistema, ele é feito assim: algumas linhas mais produtivas pagam linhas não produtivas. Então, a gente precisa buscar esse equilíbrio, o sistema tem que ser sustentável”, pontuou.
Atualmente, apenas a Metrobus mantém uma linha durante toda a madrugada. Chamado Corujão, o serviço já existe por décadas. O projeto de lei do deputado estadual Henrique Arantes (MDB) exige que as outras concessionárias do transporte coletivo coloquem ônibus para rodar entre a meia noite e às seis horas da manhã.
Em justificativa, o parlamentar afirma que “o transporte público, por sua vez, deve acompanhar a necessidade do povo. É neste sentido, visando melhores condições de transporte e qualidade de vida, que proponho tal projeto de lei, que visa, sobretudo, melhor qualidade de vida da população que depende exclusivamente deste meio de transporte para a realização de suas atividades”.
De acordo com o projeto ficará a cargo da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) a elaboração de um projeto que atenda ao texto dentro dos próximos sessenta dias após o texto aprovado. O deputado ainda pontua que o projeto fomenta a criação de empregos já que novos postos deverão ser criados com sua aprovação.