Estudantes dependentes do transporte público para ir à escola ou à universidade reportaram ao Diário de Goiás vários problemas com o Passe Livre Estudantil, como atrasos, créditos insuficientes e o não atendimento a solicitações por créditos adicionais.
O programa Passe Livre Estudantil foi criado pelo Governo de Goiás em 2013 e ampliado para o interior do estado em 2017. Em agosto do ano passado, os cartões do Passe Escolar foram todos substituídos pelos cartões do Passe Livre. Quem já era inscrito no programa, que atendeu primeiramente estudantes contemplados com a Bolsa Universitária ou com renda de até três salários mínimos, tiveram apenas de trocar os antigos cartões pelos novos.
O graduando de história na UFG, Bruno Henrique Souza, reclamou do limite de apenas duas passagens diárias. “Desde quando ser estudante é ir e voltar do local de estudo somente? A classe estudantil, principalmente os de licenciatura, precisam de estágio não remunerado e aulas de campo. Muitos precisam de mais de 2 passagens pra pegar um caminho mais rápido, mais seguro. E eles não levam isso em consideração na hora de adicionar passe”, afirmou.
No instagram, os internautas reclamaram do atraso e dos créditos que são insuficientes até mesmo para cobrir as duas viagens diárias. “Colocam viagens insuficiente para o mês, atrasam muito para colocar o crédito”, comentou uma usuária. “Atrasos frequentes e passagens insuficientes, a carteirinha deveria ser recarregável pelo estudante”, comentou outro usuário, se referindo ao antigo Sitpass Escolar.
O estudante do ensino médio Felipe Rodrigues também preferia o antigo sistema: “Preferia o passe estudantil. Não tinha que depender da boa vontade do governo em prestar seu serviço corretamente”.
Uma usuária do instagram relatou ao Diário de Goiás problemas entre a Superintendência da Juventude e a instituição de ensino na qual estuda: “Eles disseram que a UEG não repassou a frequência a eles. Eu fui lá e enviei a frequência. Disseram que não era a assinatura de registro de lá. Peguei a tal assinatura, quando entreguei passou 15 dias me bloquearam de novo falando que o meu curso não tava registrado pra ele. Faço pós graduação lá e tem duração de 1 ano e meio. Agora se eles e a UEG não resolvem isso, como eu vou resolver?!”, contestou.
Duas estudantes de jornalismo na UFG, Eduarda Moreira e Domingas Inglês, não receberam os créditos do Passe Livre em nenhum mês deste ano, mesmo tendo renovado o cadastro no início de 2018. “Eles só disseram que vão ver qual foi o problema e até hoje nada”, reclamou Domingas, que cursou disciplina de verão na Universidade, com o direito de receber as passagens referentes a janeiro e fevereiro.
A graduanda de Engenharia de Transportes na UFG, Sara Almeida, e a sua irmã, que estuda no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Hugo Carvalho Ramos, também fizeram o recadastro neste ano, mas não receberam os créditos em seus cartões. “O Passe Livre de todo mundo caiu e o meu não. Liguei lá no 0800, falaram que eu não tinha refeito meu cadastro e só agora no meio do ano para eu fazer o recadastro de novo. Só que eu tenho certeza absoluta que eu fiz”, explicou Sara.
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Resposta
O superintendente da juventude, Leonardo Oliveira, em entrevista ao Diário de Goiás, a alegação de que os studantes Eduarda Moreira, Domingas Inglês, Sara Almeida e Raquel July (irmã de Sara) tiveram seus benefícios cortados apesar de terem se recadastrado no prazo (15 de janeiro a 10 de março). A Superintendência respondeu que no caso de Domingas, Sara e Raquel, não foi feito nenhum recadastramento.
Já Eduarda fez o recadastro mas não confirmou por email a tempo. A confirmação foi feita apenas no dia 16 de abril e por isso a estudante só vai receber os créditos no 10º dia útil de maio.
Quanto aos créditos considerados insuficientes, Leonardo explicou que os créditos não são acumulativos. O primeiro depósito é de R$ 192 reais e os posteriores são a diferença entre o valor remanescente e o valor das 48 viagens do próximo mês.
O controle da quantidade de créditos de cada cartão é feito por meio de relatório do sistema de bilhetagem eletrônica. O sistema registra horários, viagens e rotas feitas pelo usuário.
Sobre os créditos adicionais, o superintendente afirmou que eles são priorizados para pessoas que fazem duas faculdades e ou fazem estágio curricular (obrigatório).
Atualizado em 18 de abril, 18h36