Os estudantes que ocupavam o Instituto de Educação de Goiás (IEG) abandonaram a unidade na noite desta sexta-feira (19) e segundo a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), depredaram a escola e saíram do local sob ameaça.

De acordo com a Seduce, uma vistoria preliminar aponta a ausência de mais de 50 computadores, aparelhos de ar condicionado, cinco data shows, cinco notebooks, modem, três impressoras, máquina fotográfica, filmadora, utensílios da merenda escolar, cheques, dinheiro, documentos oficiais da escola, além de centenas de conjuntos do aluno (cadeiras e mesas).

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Ainda segundo a Seduce, a direção do IEG foi informada da desocupação da unidade pela vizinhança. Em nota, a secretaria afirma que a saída dos manifestantes ocorreu de forma voluntária, sem nenhum tipo de negociação ou interferência do órgão. Há rastros de vandalismo na escola, como pichações, portas arrancadas e armários arrombados.

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“Levaram dinheiro que os funcionários haviam juntado para comprar novos uniformes, toda a documentação da escola e cheques de pagamentos”, disse a diretora do IEG, Luciana Teles. “Mas o que acho mais complicado é a ameaça que deixaram pra mim e para a escola em cima da mesa. Disseram que desocuparam, mas que vão retornar e que ficássemos espertos, porque aqui eles mandam”, disse ela.

O subsecretário Metropolitano, Marcelo Ferreira, informou que o laboratório de informática do IEG havia acabado de receber 47 máquinas novas para instalação quando a unidade foi ocupada em dezembro do ano passado. “Os poucos computadores que permaneceram, nós encontramos danificados”, observou.

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De acordo com a Seduce, devido a depredação da escola, ainda não há previsão para o início do ano letivo na unidade. Uma força-tarefa foi montada para colocar o colégio em ordem.

Com a desocupação do IEG, a única unidade escolar que ainda permanece ocupada no Estado é o Colégio Estadual José Carlos de Almeida, em Goiânia. Ao todo, 28 escolas foram devolvidas a Seduce. 

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