A greve dos professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) que está marcada para começar nesta terça-feira (7) vai ser acompanhada por estudantes de mais de 30 cursos. Assembleias em andamento podem aumentar a adesão até a paralisação ter início oficialmente. Ao menos 27 cursos estão nesta indefinição. Veja a lista dos cursos ao final.
Além de apoio à reivindicação dos professores por recomposição salarial por parte do Governo Federal, um dos fatores determinantes para a decisão é a indefinição sobre o calendário escolar. Como mostrou reportagem do Diário de Goiás no sábado, os alunos querem evitar alternância com e sem aulas.
O motivo é que existem professores de alguns cursos e unidades anunciando que não vão seguir a orientação aprovada em assembleia convocada pela Adufg, o Sindicato dos Docentes. Caso eles decidam por manter as aulas, os estudantes temem prejuízo na recomposição do calendário.
Ao DG, o presidente da Adufg, Geci José Pereira, disse nesta segunda que todos os procedimentos foram realizados para o início da greve. Sobre o anúncio de não-adesão de algumas unidades, ele afirmou que “a decisão coletiva deve ser respeitada” e que, se isso se confirmar, a comissão de greve vai visitar essas unidades. Em nota publicada no final da tarde, a Adufg citou reunião realizada na Reitoria na manhã desta segunda com a presença da reitora, Angelita Lima.
Conforme a nota, a reitora anunciou que encaminhará à diretoria do Adufg-Sindicato uma proposta com a lista dos serviços que serão considerados essenciais na UFG durante o período de greve. “O documento será discutido com a comissão de mobilização, que será criada a partir da reunião do Conselho de Representantes. Também ficou acertado que não haverá obrigatoriedade de que os docentes informem os alunos, por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa), sobre a realização ou não de aulas”.
A reportagem buscou ouvir a reitora ou representante da instituição sobre os impactos no funcionamento da instituição, mas a informação foi de que a Reitoria não se manifestaria. Segundo a assessoria de Comunicação da UFG, o Restaurante Universitário (RU) vai funcionar normalmente e o calendário acadêmico será devidamente ajustado quando for o momento.
A greve dos professores por tempo indeterminado foi aprovada com cinco votos de diferença, em plebiscito realizado entre 25 e 30 de abril, que ouviu 1.300 docentes da UFG.
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