Após dez anos em regime fechado, Elize Matsunaga, presa por matar o marido Marcos Matsunaga em 2012, teve concedido pela Justiça de São Paulo a liberdade condicional. A informação, confirmada pelo advogado dela, Luciano de Freitas Santoro, foi divulgada também pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que cumpriu o alvará de soltura às 17h35 desta segunda-feira (30). Ela estava presa na penitenciária do Tremembé, no interior de São Paulo.
No início, Elize havia sido condenada a 19 anos e 11 meses, mas em 2019 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 16 anos e três meses, por bom comportamento. Sobre a liberdade condicional, porém, isso significa que ela terá que cumprir o restante do tempo de pena em liberdade, tendo que cumprir algumas regras, como informar periodicamente a ocupação e o endereço à Justiça.
Hoje com 40 anos, Elize chegou a dizer algumas palavras em um vídeo divulgado pelo advogado, que também fala. “Estou feliz […] Infelizmente não posso consertar o que se passou, o erro que cometi. Estou tendo uma segunda chance, infelizmente o Marcos não. Mas acredito na espiritualidade, que ele já tenha me perdoado e peço isso nas minhas orações”, diz ela que chega a dizer “Estou tendo uma segunda chance. Infelizmente, o Marcos não”. Veja o vídeo:
Uma das primeiras coisas que Elize deve fazer, estando em liberdade, é a publicação de um livro intitulado “Piquenique no inferno”, escrito por ela durante os anos presa, no qual pretende mostrar sua versão dos fatos em torno do assassinato do empresário Marcos Matsunaga, herdeiro da indústria de alimentos Yoki, em 2012. Tal qual o documentário divulgado pela Netflix em 2021, e que conta com versões do crime, Elize já está negociando a publicação da obra com duas editoras.
Cometido em 19 de maio de 2012 no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo, o assassinato de Marcos teve grande repercussão na imprensa. A vítima tinha, na época, 42 anos e ela, 30. O empresário foi baleado por Elize na cabeça com uma das 34 armas que o casal tinha na residência e ela afirma que atirou em Marcos para se defender dele, que discutiu com ela e lhe agrediu com um tapa no rosto ao descobrir que ela havia contratado um detetive particular para seguir o marido.
Por medo de novas agressões e ameaças, já que Elize afirmava ter sido vítima de violência doméstica em outras ocasiões, ela teria disparado para se defender. Porém, após a morte, ela esquartejou marcos, colocando partes do seu corpo em três malas, deixando-as espalhadas pela região de Cotia, interior de SP.