O deputado estadual bolsonarista Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) condenou a invasão a Praça dos Três Poderes, em Brasília no dia 8 de janeiro, mas reforçou em entrevista concedida nesta quarta-feira (07) que financiou manifestações que questionavam os resultados das eleições em portas de quartéis em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As declarações foram dadas à Rádio Bandeirantes Goiânia.
Amauri Ribeiro destacou que não era segredo de ninguém sua participação nos acampamentos majoritariamente composta por apoiadores do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Os atos ganharam tom antidemocráticos pois tinha como principal demanda uma intervenção militar, a anulação das eleições e o não reconhecimento do resultado final do pleito, vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na entrevista, Ribeiro chegou a atacar setores do jornalismo profissional. “Parte da imprensa podre e suja que gosta de vender notícia ruim e que não tá preocupado com a família”, disparou. “Infelizmente, grande parte da mídia e da imprensa do nosso país não vende notícia boa”, disse em outro momento.
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A fala do deputado ocorreu na última terça-feira (06) e ganhou proporções nacionais ao falar que havia ajudado a financiar os acampamentos antidemocráticos. À Bandeirantes, no entanto, Amauri Ribeiro disse que repudiou os que aconteceu durante os atos de 8 de janeiro e quando fez a declaração na tribuna da Assembleia Legislativa refere-se às manifestações que duraram até o dia 31 de dezembro.
O Diário de Goiás repercutiu o assunto e em seu editorial foi claro ao fazer a distinção: de fato, o parlamentar não havia financiado os atos do dia 8 de janeiro, mas os acampamentos que tinham ares antidemocráticos.
Amauri Ribeiro continua dando detalhes de como era seu relacionamento com os acampados. De acordo com ele, o ‘financiamento’ era feito por meio do famoso ‘chapéu’, onde várias pessoas faziam suas vaquinhas para ajudar a comprar suprimentos e alimentação.
E completou voltando a condenar os atos do dia 8 de janeiro. “O que aconteceu em Brasília no 8 de janeiro é repudiado por todos os patriotas que ficaram assim como eu, na porta dos quartéis. Eu não seria idiota. Não é porque eu uso chapéu e botina que eu sou tão burro assim quanto eles acharam. Eu não seria idiota em falar um absurdo desses…”, disparou em tom irônico.