Faltando menos de um mês para o leilão da Celg, a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, afirma que o governo estadual está atuando para garantir que a companhia energética seja comercializada. O valor mínimo para desestatização da Celg D, somando as ações da Eletrobrás e da Celg Par e incluindo o percentual destinado aos empregados, é de R$ 2,8 bilhões.
“Estamos absolutamente confiantes no sucesso do leilão no próximo dia 19 de agosto. Confesso que não estamos focando nisso. Estamos focando para que o leilão seja um sucesso absoluto. Isso é importante para o estado de Goiás. Não estamos falando apenas de uma questão de governo, ao contrário, estamos falando de algo benéfico para o estado. É esse o nosso objetivo”, destacou.
A secretária ressaltou que a venda da Celg poderá permitir que a companhia continue cumprindo com os seus compromissos em dia, desta forma o estado seria beneficiado com a empresa pagando o ICMS. A companhia é uma das principais fontes deste imposto em Goiás.
“É esse o nosso foco do governo, garantir que o leilão seja um sucesso, que a empresa dê continuidade nos serviços com qualidade, continue pagando o seu ICMS em dia, porque é um importante contribuinte. A questão da dívida é uma questão secundária, nesse momento estamos focados em garantir o sucesso do leilão”, argumentou.
Dívida
Recentemente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em reunião extraordinária, resolução que autoriza os estados a assumirem débitos de empresas do setor de energia elétrica, ou suas controladoras, a eles ligados. Desta forma, o governo de Goiás pode, a partir de agora, assumir o passivo de R$ 2,4 bilhões da Celg-D com a Caixa Econômica Federal e, desse modo, sanear a empresa para que a privatização ocorra. O edital foi publicado no dia 24 de junho e a expectativa é que o leilão ocorra as 15 horas do dia 19 de agosto.
Em abril, a Assembleia Legislativa de Goiás aprovou, em segunda e última votação, o Projeto de Lei número 3.068 de 2015, que autoriza o governo estadual a assumir a dívida de R$ 2.4 bilhões da Companhia Celg de Participações (CelgPar) com a Caixa Econômica Federal (CEF).
“Temos capacidade de endividamento, temos capacidade de negociar dívidas. Eventualmente inclusive até considerar o pagamento desta dívida. Está tudo na mesa, são cenários que vamos avaliar, à medida que o leilão aconteça e seja um sucesso”, argumentou a secretária.
“Estamos trabalhando para o sucesso do leilão”, afirma secretária sobre Celg