O governador Marconi Perillo se reuniu com presidentes das federações dos trabalhadores de Goiás para debater a situação fiscal do Estado, discutir o equilíbrio econômico alcançado com o ajuste fiscal que teve início no final de 2014, e falar sobre o Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás.
Marconi lembrou que a crise provocou retração de 8,3% na economia nacional, a maior da história do país, resultou em milhões de desempregados e desestabilizou todos os setores, inclusive as administrações estaduais. “E, quando a crise chega, atrapalha a indústria, o comércio, os serviços, o agronegócio. Impacta em todos os setores de atividade, e também no governo do Estado, porque se a atividade econômica cai, as compras também caem, os impostos, consequentemente, caem. E aí o governo é obrigado a tomar medidas de austeridade para evitar que o desastre seja maior”, disse.
“O desastre ser maior é as ambulâncias pararem, os carros das polícias pararem, as escolas, as UTIs dos hospitais, os serviços do Vapt Vupt, e os funcionários deixarem de receber em dia. Nos meus governos tive muito cuidado e não deixei isso acontecer. Mais do que isso: os aposentados deixarem de receber seus salários”, explicou. Ele ressaltou que desde 2014 tem tomado medidas para evitar esse colapso no governo estadual, e que o Programa de Austeridade é a medida mais incisiva para evitá-lo, ainda que gere desgastes.
“Eu evitei, ao longo do tempo, que o colapso chegasse ao nosso Estado. Em 2014, ninguém imaginava que a crise seria forte em 2015 como foi. Naquela época, resolvi reduzir as secretarias do governo a 10. Não tem nenhum estado brasileiro que chegue perto disso. Cortei mais de 5 mil cargos comissionados, os temporários; depois mais de 3,5 bilhões no orçamento. E chegou agora a esse estado em que o país se encontra, e tomei a atitude de criar o Plano de Austeridade. Estou fazendo o que é certo, mesmo com alguns desgastes pontuais”, afirmou.
Ressaltou que o maior problema que o país enfrenta é o déficit do governo federal, hoje na casa de R$ 170 bilhões, e que o ajuste fiscal proposto pelo governo é a saída para que a economia volte a crescer. “Tem que ter o ajuste, porque só com o ajuste esse déficit vai diminuir, e aí o governo vai depender menos do capital estrangeiro, e com isso vai baixar os juros. E não tem outro remédio para a economia voltar a crescer se não for pela redução das taxas de juros”, ressaltou.
Marconi enfatizou que o governo estadual vai encerrar 2016 melhor do que 2015 porque as medidas necessárias foram tomadas. “Vamos ter superávit orçamentário, e vamos ter bem menos restos a pagar do que em 2015. E a expectativa é que, com essas novas medidas, possamos chegar ao final de 2017 ainda melhor”, declarou. Ele garantiu aos trabalhadores a continuidade do pagamento em dia das obrigações do governo, e agradeceu-lhes por sempre terem acreditado no modelo de gestão e no diálogo com a administração estadual.