Em abril de 2015 o governo de Goiás mudou a rotina de pagamento do funcionalismo público. O Estado passou a quitar as folhas salariais de forma parcelada. Hoje funcionários que ganham até R$ 3 mil recebem dentro do mês, acima disso até o dia 10. Questionado pelo Diário de Goiás se há a possibilidade de voltar a se pagar todos os funcionários dentro do mês trabalhado, o secretário da Fazenda, Fernando Navarrete, afirmou que a meta é de que ainda neste semestre isso seja possível.
“Esse é um esforço que a Sefaz por determinação do governador Marconi Perillo está fazendo e esperamos chegar ainda neste primeiro semestre a esta meta. O importante é nós estamos pagando na forma da lei e estamos pagando em dia”, explicou Fernando Navarrete.
O secretário da Fazenda destacou que ainda a situação financeira do Estado ainda preocupa e que no momento ajustes ainda estão sendo feitos.
“Nós ainda temos uma situação preocupante. Estamos ainda no limite prudencial, por isso mandamos para a Assembleia medidas que foram aprovadas no final do ano passado e temos uma PEC para agora ser analisada pela Assembleia”, declarou.
Prestação de contas
O secretário da Fazenda foi a Assembleia Legislativa prestar contas do último quadrimestre de 2016. Ele informou que as receitas tributárias cresceram 6,01% no ano passado. A receita total do Estado cresceu 8,81%, e a despesa total, 3,42%.
Fernando Navarrete declarou que a dívida consolidada do Estado em 31 de dezembro era de R$ 18 bilhões. Na oportunidade, ele informou aos deputados que as despesas com custeio cresceram 14,55% em 2016, e as de pessoal, 4,01%. O índice da despesa com pessoal está em 46,82% da receita corrente líquida (RCL).
A justificativa apresentada pelo secretário da Fazenda sobre o que classificou como “equilíbrio das contas”, é que houve redução de 37,26% nos investimentos, em relação ao ano anterior, mas o Estado ainda conseguiu investir R$ 935 milhões em obras de infraestrutura.
Foi constatado ainda superávit primário de R$ 1,040 bilhão contra a meta prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que era de R$ 111 milhões de déficit.
Segundo o secretário Fernando Navarrete, que assumiu a Secretaria da Fazenda em janeiro deste ano, todas a metas previstas na LDO foram cumpridas.
Em relação ao déficit orçamentário, o secretário informou que em 2015 foi de R$ 1,8 bi e que no ano passado caiu para R$ 617 milhões. A expectativa é para que este ano o déficit seja zerado ou que se chegue próximo a isso.
Celg
O deputado José Nelto (PMDB) criticou o governo ao dizer que haverá uma pulverização da CELG, em troca de finalidade política. Fernando Navarrete discordou do parlamentar.
O secretário informou que o dinheiro não será pulverizado e sim investido em áreas específicas. Entre os setores já definidos estão Segurança, Saúde, Educação, Cultura, Infraestrutura e também em convênios com as prefeituras.
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