O governador Marconi Perillo disse nesta quarta-feira (9) que os reajustes dos salários dos servidores estaduais não serão suprimidos, mas, sim, adiados temporariamente devido à necessidade de manter o Estado dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Durante os últimos quatro anos, e até hoje, nós pagamos as datas-bases todas. Paguei o piso dos professores. Para se ter uma ideia, nós pagamos 89% de aumento, nos últimos cinco anos, aos professores. Isso dá um aumento real de quase 50%. Esses aumentos estão vinculados, por lei, ao crescimento real da receita. Nós vamos ter em Goiás, este ano, um decréscimo da receita na ordem de 1,5% a 2%. Ou seja, receita negativa”, afirmou Marconi.
Além do adiamento dos reajustes, o governo estadual adotou uma série de medidas para equilibrar as contas públicas. Entre elas está a redução do número de órgãos e entidades, redução de cargos comissionados e contratos temporários e suspensão de novos concursos públicos.
“Instituí Planos de Carreiras em várias áreas. Sou um governador que dialogou com os servidores, que antecipou o pagamento no mês vincendo, durante todo tempo. Só agora, por conta da crise econômica terrível que estamos vivendo, que nós passamos a pagar adiantado uma parte dos funcionários, dentro da lei e um pouco depois, como estabelece a lei, os demais. Afora isso, sempre pagamos em dia”, ressaltou o governador.
A Secretaria da Fazenda de Goiás (Sefaz) divulgou que o crescimento da receita corrente líquida do Estado ficou abaixo da inflação este ano, de acordo com cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a agosto, a frustração de receitas em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA) foi de R$ 3 bilhões.