O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de agora, a vacina contra HPV será de dose única. O imunizante é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, a meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos e previne infecções causadoras do câncer de colo de útero.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a decisão tem respaldo científico, para aumentar a proteção dos jovens. “Agora, temos mais vacinas para proteger nossa população contra os riscos causados por esse vírus. Usar apenas uma dose de vacina foi uma decisão baseada em estudos científicos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou Nísia.
A ministra pediu ainda que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina. Segundo ela, em 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante. “O maior número desde 2018 e um aumento de 42% no número de doses aplicadas em relação a 2022”, ressaltou.
O HPV é transmitido principalmente pelo contato sexual sem proteção. A vacina contra HPV estimula o organismo a produzir anticorpos que agem prevenindo a infecção pelo vírus. Por isso, inicialmente, era priorizada a aplicação para a faixa etária entre 9 e 14 anos, idade em que se acredita não ter iniciado a atividade sexual, anterior a um possível primeiro contato com o vírus.
Atualmente, a imunização é indicada também para vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
O HPV é considerada atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.
Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.
Com informações da Agência Brasil
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