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Espetáculo “O que pode dar errado na cama?” promete muita diversão

Os goianos terão a oportunidade de assistir à peça “O que pode dar errado na cama?” nesta sexta-feira (31), no Teatro Rio Vermelho, no Centro de Convenções, a partir das 20h. Estrela principal do espetáculo, Cátia Damasceno é sexóloga, fisioterapeuta, especialista em relacionamentos e está à frente do canal mais acessado no Youtube sobre sexualidade.

Em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás, Cátia explica a diferença entre os vídeos que publica no Youtube com o humor apresentado nas peças. “No Youtube, eu tenho que escolher um tema para poder fazer o vídeo. Então, eu falo ou para as mulheres ou para os homens. Na peça, eu vou falar para os dois ao mesmo tempo, só que de uma forma ainda mais divertida do que aquilo que a gente faz no Youtube, na internet”, afirmou.

Goiânia é a primeira cidade que recebe a turnê da sexóloga, que até então só se apresentava em Brasília, onde reside. O canal de Cátia Damasceno tem mais de dois milhões de inscritos e mais de 100 milhões de visualizações. A especialista é colunista da Revista Cosmopolitan Brasil e também já foi indicada a grandes prêmios de influenciadores. 

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Leia a entrevista na íntegra:

Pessoas conversadoras podem se assustar?

Cátia Damasceno: Acho que não, vão se divertir bastante, porque eu falo a respeito de sexualidade e relacionamento. O interessante é isso, que eu falo a respeito de relacionamento, mas de uma forma descontraída. Então, todo mundo acaba aprendendo alguma coisa, porque não é só a questão da diversão, e sim, também, passar um conteúdo para essas pessoas. Ela foi lá, o que ela vai aprender, o que ela levará de novo para dentro do relacionamento? Então, eu trabalho muito a diferença entre o homem e a mulher, como funciona a cabeça de homem e como funciona a cabeça de mulher, porque quando a gente entende, as coisas param de dar errado na cama e fora da cama também, que é muito importante.

Em outros momentos, essas diferenças já foram tratadas, mas não no campo da cama. O que a peça traz de original?

Cátia Damasceno: A questão, por exemplo, de um strip-tease, que muitas mulheres perdem… Porque não tem planejamento. Qual a diferença entre homem e mulher? Ela diz: Vou fazer strip-tease. Não é uma coisa que ela estava ali em casa e resolveu fazer. Não é desse jeito. Tem todo um planejamento. Então, ela pensa na música, no figurino, na decoração, com quem deixará o filho, sai do trabalho mais cedo, tem todo um planejamento. E aí, erram por um detalhe mínimo que é: não avisar o companheiro. Aí acha que o homem está sabendo de tudo. Por outro lado, eu digo: o homem não é igual a mulher, ele não pega a informação no ar. Ele entrou, viu aquilo tudo e pensa: “Ah, terá um strip-tease, oba!”. Não! Ele vai falar: “O que está acontecendo? De onde veio isso tudo?”. Então, no que ele chega e não está avisado, se ele falar qualquer coisa que a mulher não preparou dentro da mente dela, aí, pronto, já acabou, desanda a noite toda. E quantas vezes eu já ouvi mulheres dizendo: Há cinco anos, eu fiz um strip-tease e ele riu de mim, agora não faço mais. Aí vai deixar de ser feliz o resto da vida no relacionamento por causa de uma tentativa frustrada? Então, eu falo: Avisou, já passa a dar certo. Mas eu falo tudo isso contando brincadeiras, histórias, fatos que já aconteceram comigo e com minhas alunas. Eu falo do sacrifício é a gente ficar dentro de um espartilho, falo: “Homem, quando a mulher aparecer na sua frente de espartilho, dê valor nela, não reza para a gente tirar logo, porque é dolorido entrar dentro daquilo”. Então, de uma forma leve a gente vai abordando assuntos que são importantes e que fazem parte da vida de um casal. Eu trabalho muito o casal.

No caso de tentativas frustradas, falta mais humor na cama?

Cátia Damasceno: Ah, falta. Acho que é exatamente por isso que meu trabalho deu tão certo. Porque gente para falar a respeito de sexo, tem várias pessoas. Agora, para falar a respeito de sexo de uma forma leve, não tem. E esse foi o grande diferencial do meu trabalho.

Qual a diferença entre sexóloga, coach e outras nomenclaturas?

Cátia Damasceno: A abordagem. Hoje eu não trabalho em consultório, então eu não trabalho com atendimentos. O trabalho que eu faço são grande palestras para grandes públicos e os vídeos que eu trago no Youtube. Eu não faço mais atendimentos individuais. Então, um coach que atende individualmente vai trabalhar dentro de consultório, um terapeuta vai trabalhar dentro de consultório, um sexólogo vai trabalhar dentro de consultório. Eu não trabalho em consultório, trabalho com grandes públicos.

Com o grau de estresse, está cada vez mais difícil homens e mulheres se acertarem?

Cátia Damasceno: Acho que a gente continua se acertando da mesma forma que acertamos sempre e eternamente, porém com a diferença de que estamos auto exigentes e de que houve uma mudança no comportamento do ser humano. Antigamente nós casávamos por vários interesses: para manter a herança dentro da família, porque os pais escolhiam com quem a gente ia casar. Por vários motivos que não fossem o amor. Hoje, nós escolhemos com quem a gente ficará junto. Então, o maior motivo para estarmos juntos tem que ser o querer, você faz aquela opção. Mas é exatamente por isso que as pessoas não têm mais nenhum problema em terminar o relacionamento, porque antigamente vivia casado por 50 anos, 60 anos, 70 anos. Hoje em dia, você casou, tentou, não está dando certo, vamos separar, porque separar não é mais algo tão pejorativo. Antigamente uma mulher divorciada era quase um palavrão, desquitada, era desonroso. Fala-se: Essa mulher não presta nem para estar casada. Então, tinha essa desonra. E hoje em dia, não. A grande maioria dos divórcios, 80% dos divórcios, acontecem por pedidos da mulher.

Isso é comprovado?

Cátia Damasceno: Sim, pela Justiça. É muita gente. A grande maioria [dos divórcios] é pedido pelas mulheres.

Porque?

Cátia Damasceno: Porque eu acho que elas estão se descobrindo e não se permitem mais viver infelizes.

Para os homens, está mais difícil agradar as mulheres?

Cátia Damasceno: As mulheres estão mais exigentes e na minha teoria, é só minha, acho que a geração de homens de agora não está sendo preparada para lidar com a geração de mulheres que estão vindo, que são mulheres autônomas, independentes, autossuficientes, e muitas vezes elas acabam se tornando independentes demais. Então, as mulheres estão sendo educadas para serem independentes, mas os homens não estão sendo educados para se relacionar com mulheres independentes. Então, está faltando um pouco de apoio para esse homem também. Eu sou mãe de meninos, tenho quatro filhos e dois deles já são adolescentes, um com 19 e outro com 17. Eles vem de uma geração que viram a mãe se virando, porque eu me divorciei quando o mais novo tinha um ano e o mais velho tinha três. Então, eles viram a mãe batalhando, saindo para trabalhar, lutando pela casa. A geração de uma mulher independente. Então, os meus filhos estão acostumados a lidar com mulheres independentes. Mas imagine um homem de 30, 40 anos que não teve uma mãe que teve essa criação na vida dela, como é a cabeça dele? De repente, ele se depara com uma mulher totalmente independente, ele fica perdido e realmente não sabe o que fazer, porque afeta diretamente na masculinidade dele. Porque até então, até a nossa geração, os homens tinham o “papel” do provedor. Hoje em dia, a mulher se provêm sozinha. O que sobrou para o homem? Então, eles estão perdidos.

Veja vídeo de Cátia Damasceno:

{youtube}KbkCsgKuZyo{/youtube}

Thais Dutra

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