O ex-jogador e senador Romário (PSB) emagreceu cerca de 10 quilos em 45 dias, após se submeter a uma cirurgia para controlar o diabetes tipo 2. No entanto, a técnica utilizada ainda é considerada experimental no país e não é aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Romário passou por uma interposição ileal, que é a recolocação do íleo (fim do intestino delgado) entre o duodeno e o jejuno, o que aumentaria a produção de hormônios da saciedade e melhoraria o diabetes. Segundo o ex-jogador, ele está com o mesmo peso de 15 anos atrás, 69kg.
De acordo com o médico Márcio Macine, membro do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Romário não se enquadrava no perfil de indicação da cirurgia. A cirurgia bariátrica ou metabólica está indicada para pacientes com diabetes e IMC (Índice de Massa Corporal) maior ou igual a 35”, diz Mancini.
Em nota, a Sbem e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) afirmam não haver “evidências científicas robustas e de longo prazo que comprovem a segurança e eficácia de cirurgia bariátrica no tratamento de diabetes tipo 2 para pacientes com IMC abaixo de 35 kg/m2, considerando quaisquer técnicas cirúrgicas, regulamentadas ou não”.