Entre as missões do novo Escritório de Projetos Estratégicos está propor soluções para a otimização de todo o serviço administrativo tocado pelo Paço Municipal, o que envolverá naturalmente, o diálogo com outras secretarias. Para o titular da pasta recém criada, José Frederico Lyra Netto, isso é algo “desafiador” mas que, com sucesso, todos tendem a ganhar. Lyra Netto falou com a reportagem do Diário de Goiás no último sábado (02/01) após ser anunciado como responsável pelo órgão.

Zé Frederico, como gosta de ser chamado, comentou sobre a missão. “O desafio é levar mais pessoas à mesa com visões diferentes, isso torna um pouco mais desafiador chegar a um consenso, mas elas existem. Uma vez que conseguimos integrar a solução é muito mais poderosa.”

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Ele reforçou que a ideia da pasta não é nenhuma novidade em Goiânia e que há exemplos de sucesso Brasil afora e ao redor do mundo. “A gente tem exemplos disso, exemplos no mundo, não vamos inventar isso na hora. Tem exemplos de secretaria no mundo, de escritórios que funcionam com essa sinergia, com bastante trabalho mas dá pra funcionar.”

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Trabalho na administração pública deve refletir na população

As soluções propostas pelo Escritório de Prioridades Estratégicas tem como principal pano de fundo a melhoria dos processos administrativos no Paço Municipal, mas também deve refletir no serviço que o cidadão em Goiânia utiliza. Do contrário, Zé Frederico pontua que de nada adianta os esforços. 

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“No âmbito da administração pública vamos entrar muito nos processos que é modernizar, desburocratizar e reunir os processos. Isso a gente olha um pouco pra dentro [da Prefeitura]. Na hora de delinear os projetos temos um olhar para fora que é basicamente chegar na cidade e nas pessoas. Gestão é importante, olhar para dentro e ser mais eficiente, mas no final do dia é oferecer uma cidade que faça sentido para os cidadãos senão, todo o trabalho interno não adiantou de nada.”

Missões que a pasta terá

Frederico explica quais serão seus objetivos à frente da pasta e as missões que a nova secretaria terá ao longo da gestão de Vilela. “O primeiro é desenhar, monitorar e acompanhar a carteira de projetos da Prefeitura. Imagine uma carteira de trabalhos de várias áreas, do meio-ambiente, a desenvolvimento econômico passando por saúde e educação. O desenho dessa carteira, a apresentação e a gestão dela para que as coisas aconteçam ficam com esse Escritório de Prioridades”, destaca. 

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Um dos outros objetivos é buscar soluções entre as pastas fazendo um trabalho bastante sinérgico com outros secretários. “Para além de planejar, algumas das iniciativas mais prioritárias de grande impacto ou de grande relevância, essa pasta vai tocar mesmo. A gente pegar projetos mais inovadores, que seriam intersetoriais e envolvem mais de uma secretaria. Essa secretaria vai de fato desenvolver, vão ser poucos, mas alguns de fato, ela vai tocar”. Ele reforça que nada é novo e que o modelo já é adotado em outros lugares.  “Isso acontece em outros eventos fora de Goiás e a gente acaba bebendo um pouco da água desses eventos.”

Nada de achismo na gestão pública

Outro ponto de destaque que Zé Frederico terá à frente da pasta é não deixar que nenhuma ideia, plano ou projeto seja norteado pelos ‘achismos nossos de cada dia’. Tudo deverá ser embasado, estudado e planejado. Daí, um dos elementos principais para não deixar que recursos públicos sejam esvaídos em situações desnecessárias.

“É muito comum se tomar decisão de política pública com base em achismo, com base no que a gente acha, mas a forma que mais impacta a vida das pessoas para o bem, é você olhar para as evidências, as defesas científicas sobre cada assunto. Uma coisa que a gente vai fazer é organizar vários dados e fazer a avaliação das políticas públicas: “o que está certo, o que está errado?”, avaliar os programas, porque a gente não tem nem recurso para ficar desperdiçando e nem tempo”, destacou.

A ideia da pasta é otimizar os serviços públicos desburocratizando-os e isso possa chegar na ponta, com a população goianiense sentindo de forma positiva essas decisões. “Vamos trabalhar com modernização e desburocratização. Quando a gente pensa em processo, pensamos muito em processo interno que é importante também, mas vamos pensar num processo que chegue no cidadão. Processo que pode ser para empreender, conseguir alguma licença, tem vários possíveis processos. Essa secretaria vai ficar com parte rendição de processos para tentar desburocratizar a vida das pessoas.”

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