Apesar de ter se tornado obrigatório no dia 19 de maio, o escalonamento de horários de abertura das empresas não mudou a rotina do transporte coletivo de Goiânia. Segundo dados do RedeMob Consórcio, praticamente não houve redução da demanda nos horários de pico, e a utilização dos ônibus continua concentrada e com aglomerações.
Se comparadas três terças-feiras de maio, os dias 11 e 18, quando o escalonamento era recomendação, e 25, quando tornou-se obrigatório, o horário das 6h continua tendo número maior de usuários, com 20,1 mil, 21,4 mil e 19,5 mil validações, respectivamente.
Apesar da pequena redução no horário das 6h, a demanda não se dissipou nos horários seguintes e manteve o padrão. Observa-se, por exemplo, no horário das 9h, quando a demanda dos dias 11 e 18 foi de 6,7 mil e 6,3 mil, respectivamente. No dia 25, houve queda para 5,9 mil. Às 11h, quando os últimos setores abrem as portas, também houve pouca alteração, de 6,9 mil no dia 11 para 6 mil no dia 25.
No período vespertino, às 17h seguiram como o período mais movimentado. No dia 11, foram 17,5 mil usuários, enquanto nos dias 18 e 25 foram, respectivamente, 18,8 mil e 18 mil. O padrão seguiu sem qualquer alteração impactante nos horários seguintes.
Técnicos acreditam que ainda é preciso tempo para que o modelo emplaque na capital e altere o padrão de utilização do transporte pelos usuários. Contudo, com a iminência da execução de um plano de reabertura em Goiânia, haveria um natural aumento da demanda, o que faz as empresas já buscarem estratégias. Uma delas é pedir ao Estado que permita que os ônibus rodem com 50% da capacidade de pessoas em pé, adicionando mais 13 vagas. Pelo cálculo, mais 18 mil lugares estariam disponíveis por dia.