Denúncia da direção causou mal-estar no hospital. (Foto: Arquivo DG)
Um grupo formado por várias ONGs, principalmente de pessoas portadoras do vírus HIV, afirmaram nesta quinta-feira (20) que apoiam os sete médicos acusados de fraude em folhas de ponto no Hospital de Doenças Tropicais (HDT).
Conselheira do HDT e integrante da ONG AVVE, a Irmã Margareth Hosty, diz que há várias pessoas dentro do conselho, formado por profissionais, diretores e usuários do hospital, apoiando os médicos. Segundo ela, o grupo confia na idoneidade dos acusados.
“Conhecemos esses médicos faz tempo. Nós não acreditamos nisso. Toda a categoria está apoiando”, afirmou em contato com o Diário de Goiás.
Em carta aberta assinada pelos sete acusados, eles dizem que são vítimas de retaliação da direção do hospital. Para a Irmã Hosty, a hipótese é plausível, pois os médicos fizeram queixas contra a administração.
“Acreditamos nessa possibilidade. Eles fizeram uma manifestação questionando coisas no hospital. Há leitos fechados há meses. Falaram que eram para manutenção, mas isso não estava acontecendo. Máquinas estavam estragadas há meses. Médicos e nós fizemos protestos contra isso”, pontuou.
A Irmã destaca que deseja que a verdade seja revelada pela investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), mas ressalta que todo o grupo confia no caráter dos médicos acusados.
“O pessoal está usando o hospital, conhece os médicos e não há dúvida sobre o comprometimento, o profissionalismo e a dedicação desses médicos conosco”, afirmou. “Se não tem vaga, a culpa não é do médico, é da gestão do hospital”, completou.