Destaque 2

Entidade acena de forma positiva à inclusão de gestantes e puérperas nos grupos prioritários da vacina contra Covid-19

O Colégio Nacional dos Defensores Públicos-Gerais (Condege), por meio de sua Comissão Especial de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, emitiu nesta quinta-feira (22/04) uma nota técnica manifestando-se favoravelmente à inclusão de gestantes e puérperas nos grupos prioritários para a imunização contra a Covid-19. 

O posicionamento refere-se a dois projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, o PL 1405/2021 e o PL 930/2021. Entre os pontos discutidos nas matérias, está a necessidade de imunizar mulheres em tais condições imediatamente após as pessoas idosas. Tal iniciativa é vista de forma positiva pela comissão, em razão dos riscos consideráveis do desenvolvimento de quadros agravados e de mortes em razão da doença entre a população mencionada, que é considerada como grupo de risco.

“É primordial a proteção a mulheres grávidas e puérperas, sendo inadmissível observar o crescente número de mortalidade materna e não as incluir na mais eficaz medida para evitá-la: a vacinação”, diz a nota técnica.

Dados

A relevância da questão, que vem sendo estudada pela comissão do Condege, é demonstrada por dados apresentados pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, que indicam um aumento nos índices de mortalidade materna pela infecção. De acordo com a nota técnica, o número de mortes subiu de 449, registradas em todo o ano de 2020, para 289 neste ano, no período de 13 semanas. Tal aumento está, provavelmente, relacionado à forma mais grave com que as novas cepas do vírus têm atingido a população mais jovem.

Além dos óbitos, também chamam a atenção os números referentes a internações. Segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), 52% das pessoas internadas em UTIs, em março, tinham até 40 anos, faixa em que se situam os casos de gestantes e puérperas. Ainda de acordo com o levantamento da entidade, uma em cada cinco (22,6%) gestantes e puérperas mortas por Covid-19 não teve acesso à UTI e 33,3% delas não foram submetidas à intubação.

Para a comissão, a suspensão de acompanhamento pré-natal pelo SUS em algumas regiões, aliado ao receio de comparecer às consultas, dentre outros aspectos, pode ter contribuído para a evolução de uma eventual infecção para um quadro mais grave. “O preocupante aumento da mortalidade materna nesse último ano faz com que seja necessário tomar medidas efetivas para a proteção das mulheres”, diz o texto.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

Notícias Recentes

Jogos Olímpicos: Brasil vence Turquia e leva o bronze no vôlei feminino

A seleção feminina de vôlei encerrou a participação em Paris 2024 da melhor maneira possível:…

10/08/2024

Seleção Brasileira perde para os Estados Unidos e fica com a prata no Futebol Feminino em Paris

Não faltaram dedicação e suor. Nos Jogos Olímpicos das mulheres, as do futebol feminino defenderam…

10/08/2024

CRM-PR afirma que 8 médicos morreram no acidente aéreo em SP

Médica veterinária Silvia Cristina Osaki, que ajudou na missão no Rio Grande Sul, e outros…

10/08/2024

Neblina e garoa leves marcam manhã de sábado em Goiânia

Confirmando a previsão meteorológica, cidade amanheceu com temperatura baixa, na casa de 14ºC, céu ficou…

10/08/2024

Em meio a ‘surto grave e crescente’ de nova cepa da Mopx, OMS pede a fabricantes vacinas emergenciais

Nova cepa acende alerta na OMS. Sinais da Mpox são: cansaço, febre, calafrios, dor de…

10/08/2024

Cenipa já está com caixas-pretas do avião que caiu em SP, matando 61 a bordo

Caixas-pretas são importantes para esclarecer uma das maiores tragédias da aviação nacional; veja a relação…

10/08/2024