Na última terça-feira (17), quando o candidato a prefeito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), foi submetido ao tratamento com uso do ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), houve muita curiosidade a respeito do mecanismo, que funciona, na prática, como uma espécie de pulmão e coração artificial.
O ECMO, explicam os médicos, possibilita uma ventilação protetora pulmonar. Ele usa um circuito de tubos, bomba, oxigenador e aquecedor que fica instalado fora do corpo. Destarte, a máquina simula as funções naturais dos órgãos. Ela recebe o sangue do paciente, filtra o gás carbônico e devolve o sangue oxigenado ao corpo do indivíduo.
O aparelho tem sido muito utilizado em pacientes que ficam em estado crítico por conta da covid-19. Como os pulmões são os mais afetados pelo coronavírus Sars-CoV-2, o ECMO entra em ação substituindo a função pulmonar ou cardiopulmonar e dando tempo para que o corpo do paciente combata o patógeno.
O ECMO, no entanto, só é utilizado quando a terapia convencional é insuficiente para salvar a vida.
A tecnologia está presente no mundo desde 1971, quando foi utilizada pela primeira vez em Michigan, nos Estados Unidos. Desde então, CTIs utilizam a técnica em inúmeras situações clínicas, o que tem salvado milhares de vidas ao redor do mundo. No Brasil, essa terapia chegou apenas há 15 anos.