O Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) foi aplicado nos presídios de Goiás nos dias 12 e 13 de dezembro, e foi feito por aproximadamente 2.050 pessoas. Com as notas obtidas, os presos podem ter acesso à conclusão do ensino fundamental, médio ou ingressar em algum curso superior.
O Enem PPL abrange pessoas privadas de liberdade e sob medida socioeducativa, que inclua a privação de liberdade. Para 2023, no Brasil mais de 80 mil dos candidatos estavam aptos a fazer a avaliação.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é responsável por aplicar a prova e, segundo a entidade, o Enem PPL tem o mesmo nível de dificuldade do Enem regular, mesma quantidade de questões e uma prova de redação.
O Enem PPL e outas avaliações e políticas de ressocialização dos presos pelo estudo são feitas pela Gerência de Educação, Módulo de Respeito e Patronato, que pertence à Superintendência de Reintegração Social e Cidadania (Supresc).
Em Goiás, no ano de 2022, mais de 1.100 presos estavam matriculados no ensino médio, o dobro cursava ensino fundamental e dez tinham acesso à educação superior.
Segundo a gerente de Educação, Módulo de Respeito e Patronato, Michelle Cabral, a quantidade de presos que realizavam as provas no Enem e no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) tem se mantido elevada em Goiás. Isso é muito importante, torna-se um estímulo entre eles próprios, à medida que percebem seus semelhantes no empenho para mudar suas perspectivas. Promover uma ressocialização de forma digna, por meio do estudo, oferecer a chance de uma profissão, é uma das missões da Polícia Penal, e é o que temos feito”, disse.