O balanço de 2021 para a Enel Goiás não poderia ser melhor em termos de trabalho, garante o diretor de operações e infraestrutura de redes, José Luis Sales. Os custos em torno da recuperação do sistema elétrico goiano, aumento da capacidade de entrega de energia e de obras como a nova linha de distribuição de alta tensão Brasília Leste – Itiquira no nordeste goiano tomaram aproximadamente 2.1 bilhões de investimentos da empresa italiana.

Em entrevista ao Diário de Goiás, José Luis Sales que também é presidente da Enel Distribuição Goiás fez um balanço do que a companhia fez ao longo de todo o ano e as expectativa em relação à 2022. “Muito próximo do que foi feito em 2021”, garante. “Somente em 2021 fizemos investimento do mesmo tamanho do valor de compra da empresa. Estamos fechando com um valor de 2.1 bilhões. Quando a gente vê no período de 2017 até 2021, nós estamos falando que a Enel está investindo mais de 5 bilhões de reais. Importante. Onde estão esses 5 bi investidos? Estamos investindo em 3 eixos para recuperar o sistema elétrico goiano. Sistema imenso, estamos falando de mais de 230 mil quilômetros de rede”, pondera. Para mensurar o tamanho da demanda ele exemplifica. “Isso é cinco vezes uma volta à terra em cabo”, compara.

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Recuperação do sistema elétrico

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Sales avalia que desde que a Enel Goiás assumiu a operação de energia elétrica em Goiás, após a privatização da Celg, foram já investidos 5 bilhões. Uma parcela significativa deste  investimento foi direcionado à recuperação do sistema elétrico que segundo o presidente, era necessário. 

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“Quando está desenvolvendo um sistema elétrico para poder chegar a um patamar que Goiás precisa, primeiro, precisamos fazer um investimento em aumento de capacidade para poder entregar toda a demanda reprimida que herdamos no momento da compra. Estamos falando de mais de 660 MVA. Para ter um exemplo do que seria 660 MVA. Nós temos a Enel, uma empresa de Bogotá, capital da Colômbia. São 660MVA o consumo de Bogotá. Isso é o que Goiás tinha de demanda reprimida”, pontuouo o diretor da Enel Goiás.

As conexões rurais também são um alvo a ser mirado pela Enel Goiás. “Tínhamos mais de  24 mil conexões rurais pendentes, deixadas pela Celg, estamos recuperando 15 mil delas. Onde mais estamos investindo? Flexibilização da rede e utilização da rede. É um grande investimento nisso”, destaca, garantindo que um dos fotos da empresa foi a estabilização do serviço de energia.

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Mas a ‘menina dos olhos’ dos investimentos que a Enel Goiás fez em 2021 está no nordeste goiano na entrega da linha Brasília Leste Itiquira. “Porque essa é uma grande obra? Pelo que ela representa. Primeiro, nordeste goiano. Desenvolvimento para o nordeste goiano, uma região belíssima, rica para desenvolver. Segundo, hoje o Nordeste goiano dependia de uma única linha que não era nem da Enel, era uma linha da Ceb. Estamos falando de mais de 173 mil unidades consumidoras. 24 municípios dependendo dessas linhas. Estamos falando que isso representa mais de 400 mil pessoas que dependiam dessa linha”, pontua.

Modernização de subestações para 2022, mira Enel Goiás

Se o balanço de 2021 para a Enel Goiás foi positivo, o ano que vem é de revitalização para diversas subestações. Diversas delas com uma tecnologia que já ultrapassa os 40 anos. “Estão previstas novas subestações e modernização das subestações, entendendo que o sistema de Goiás tem mais de 330 subestações espalhadas por todo o estado com tecnologia dos anos 60 e 70. O grande trabalho será além de novas subestações levar novas tecnologias e ampliar as antigas. Foco em novas subestações, ampliação e modernização das atuais e novas linhas de alta tensão como a linha que falamos de Brasília-Leste-Itiquira”, destaca.

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