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Em pouco mais de um ano que a Celg passou a ser administrada pelo grupo Italiano Enel, algumas carências na rede de energia elétrica em Goiás ainda continuam, por exemplo, as relativas a rede elétrica que atrapalham o fornecimento de energia. A empresa já investiu na companhia energética R$ 830 milhões em 2017.
O tempo para restabelecimento do serviço ainda é considerado alto. A empresa gasta em média 30 horas para restabelecer o fornecimento de energia elétrica, em casos de queda na rede.
No dia 13 de fevereiro do ano passado, quando foi assinado o contrato entre o governo estadual e a Enel, o presidente da empresa no Brasil, Carlos Zorzoli havia dito que no primeiro ano seria possível em reduzir em 20% a quantidade de interrupções. Após pouco mais de um ano, o representante da empresa explicou que em 2017 houve a preocupação de “arrumar a casa” e organizar melhor o serviço a ser oferecido pela população.
A Celg foi vendida por R$ 2,187 bilhões. Além dos R$ 830 milhões investidos em 2017, a Enel pretende aplicar cerca de R$ 2 bilhões entre 2018 e 2020. As ações fazem parte do plano estratégico do Grupo Enel. Foi destacado que até 2020 aumentará a eficiência do serviço, ou seja, o tempo médio para restabelecimento de energia pode cair de 30 para 14 horas.
No entanto, o presidente da Enel Distribuição Goiás (Celg), Abel Rochinha destacou que mesmo com investimentos já realizados, atualmente a empresa ainda está no mesmo nível do ano passado.
“Estamos hoje no mesmo nível do ano passado, hoje em torno de 30 horas de interrupção, deveríamos chegar a 15 horas”, destacou o presidente da Enel Distribuição Goiás (Celg), Abel Rochinha. Ele disse que a longo prazo haverá resultados importantes. “Os investimentos são concretos”, destacou o presidente da Enel no Brasil. Abel disse que neste primeiro ano a Celg conseguiu saltar 20 posições em um ranking de qualidade, levando em comparação com outras concessionárias de energia elétrica.
Telecontrole
Abel Rochinha informou que a rede é bastante antiga e não havia falta de tecnologia, o que reflete na qualidade da prestação do serviço. A Enel atende 2,9 milhões de clientes em Goiás. Para melhorar a eficiência do fornecimento de energia elétrica para consumidores residenciais, alguns projetos estão sendo desenvolvidos que a partir de 2020 apresentará resultados mais substanciais, um deles é o telecontrole.
A ação consiste na automação na rede elétrica de média tensão, a partir da adoção de um sistema de gestão remota. Parte da rede pode ser desligada sem que um técnico vá ao local, o processo pode ser feito diretamente da central. 400 telecontroles já foram colocados, outros 1 mil serão instalados este ano, chegando a um total de 5 mil em 2020.
Segundo a distribuidora, por meio do telecontrole será possível identificar e isolar, com mais agilidade e à distância, falhas ocorridas na rede, reduzindo o número de clientes afetados.
Mudança de marca
A direção da empresa informou que a partir de agora a Celg passará a se chamar Enel Distribuição.
Outras ações
De acordo com a Enel em 2017, foram construídas três novas subestações e ampliadas outras dez. Para este ano, a empresa informou que pretende realizar 24 grandes obras, entre construções e ampliações de subestações e linhas de distribuição de alta tensão.
Foram realizadas ações de manutenção da rede, como podas de galhos e árvores, que aumentaram 25% em 2017, em relação ao ano anterior. Foram feitas 350 mil podas de árvores.
Expansão
No campo foram 1,6 mil conexões rurais realizadas em 2017, e até o final de 2018, serão outras 5 mil (todas pelo programa do Governo Federal Luz para Todos).
Em áreas urbanas, já foram realizadas cerca de 6,8 mil novas conexões, e até o fim de 2018, serão aproximadamente 9,2 mil.
Ecoenel
Executivos da empresa disseram que será realizado o Ecoenel, um programa que possibilita a troca de lixo reciclável por descontos na conta de luz.