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Categorias: Cidades
| Em 5 anos atrás

Empresário e produtor rural têm prejuízos com falta de eletricidade: “Ninguém aguenta”

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Os casos de reclamação contra a Enel pelos prolongados períodos sem energia, especialmente na zona rural, estão cada vez mais constantes.

Em novembro, com o aumento do volume de chuvas, vários produtores e empresários que têm seus empreendimentos longe das cidades vêm acumulando prejuízos pela falta de eletricidade.

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Em Mineiros, Sergio Nunes é proprietário de um pesque pague e relatou que, em todos os dias de chuva, ficou sem energia. Não bastasse as quedas, foram vários dias até o restabelecimento do serviços. O maior período, segundo ele, foi em fevereiro, quando por sete dias o fornecimento esteve interrompido.

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“Em outubro choveu três vezes aqui e em todas a energia foi embora. Neste mês, todas as chuvas que caíram nos deixaram sem eletricidade. Já ficamos quatro, cinco dias sem energia. Estou sem saber o que faço” disse.

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O negócio tem sido mantido com um gerador, que não evitou a morte de vários peixes da represa de Sergio. “Pago todas as contas em dia. Até quando vai isso conosco da zona rural?”, questiona.

Em Itaguari, o produtor de leite Guilherme perdeu vários dias da produção pela falta de eletricidade. Ele tem um gerador pequeno, que mal consegue tocar a ordenha e não é suficiente para ligar os tanques.

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Embora o desperdício seja constante, Guilherme ainda prefere manter a ordenha para não correr riscos com morte do gado.

“Se eu deixar o gado sem ordenhar, vou perder, além do leite, minhas vacas. E são elas que me dão minha renda todos os dias. Como faria para pagar as contas no fim do mês?”, pondera.

Conforme explica, o produtor fez muitos investimentos no último ano, mas as quedas de energia têm lhe causado prejuízos imensos nos últimos meses.

“Como o produtor tira leite? Um dia toma prejuízo de R$ 2 mil. Ninguém aguenta. Fiz um grande investimento, com curral, sala de ordenha. Só de um ano para cá, aumentei a produção em 1 mil litros de leite. Pago o Enel e como acontece uma coisa dessas?”, reclama.

Guilherme conta que a Enel, quando contatada, promete restabelecer o serviço, mas muitas vezes a energia não retorna.

“Quando a gente liga na Enel, dizem que uma equipe está em andamento, chega em das ou três horas. Mas não resolvem”, conta.

 

 

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Rafael Tomazeti

Jornalista