A principal mudança no projeto que faz a revisão dos incentivos fiscais em Goiás, deve ser a apresentação de uma emenda que impossibilite que o estado de Goiás perca a competitividade para estados da região Centro-Oeste.
Segundo o relator do projeto, deputado Lívio Luciano (PODEMOS), após as reuniões de segunda-feira, 3, foram debatidos vários pontos e a emenda chamada de “Cola” pelo relator é um grande avanço.
Em entrevista a coluna Giro do Jornal O Popular, Lívio Luciano disse que a emenda vai possibilitar que o estado não perca competitividade “ A emenda vai possibilitar a chamada “cola” em Goiás. Se algum outro Estado da região Centro-Oeste propuser um bom benefício para qualquer atividade econômica, Goiás também vai poder aderir a ele por decreto”, explicou.
Acompanha parte da entrevista concedida pelo governador eleito Ronaldo Caiado ao sair da reunião com empresários na segunda-feira.
A redução linear então está descartada?
Vai ter a redução. Mas a redução está sendo calibrada setor por setor. Goiás não vai deixar, de maneira alguma, de ser competitivo. Nem vai deixar de ser o estado que mais dá incentivos do país. Essa é a realidade.
Os empresários estão desenhando um cenário de que vão deixar o estado. O senhor tem essa preocupação?
Não. De maneira alguma. O clima não foi esse. O clima foi de muita esperança, de muito ativismo… Tá certo?! E nós precisamos de mostrar agora o que o Estado está fazendo, até para que eu possa junto ao Governo Federal, junto ao Ministro da Fazenda do próximo governo, dizer da necessidade nossa em poder negociar situações que hoje estão inviabilizando o Estado de Goiás. O Estado de Goiás, por não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, está sendo duramente penalizado, sendo impedido de contrair empréstimos… sem alternativa para o colapso atual de não ter fonte para sequer pagar funcionário público. Então nós temos que dar um bom exemplo aqui e buscar uma renegociação lá no Governo Federal.
Esse diálogo, de certa forma, altera algum detalhe do relatório de Lívio Luciano na restituição dos incentivos?
Não. A restituição dos incentivos está convalidada. E nós vamos ter, também, dentro de uma análise que eu disse anteriormente, que cada setor vai ter uma parcela, maior ou menor, de acordo com aquilo que o Estado concedeu no decorrer desses anos.