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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Em vídeo do governo, homem se salva de afogamento para dizer que economia melhorou

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O governo federal usou a analogia de uma pessoa embaixo d’água tentando achar uma forma para respirar para descrever a trajetória da economia brasileira há dois anos até hoje. “O Brasil voltou a respirar. No fundo, você sabe que melhorou”, diz um narrador enquanto um homem submerso, em um fundo escuro, tenta emergir.

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A peça foi produzida em comemoração aos dois anos de governo do presidente Michel Temer, completados no último sábado (12).

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A divulgação será feita pelas redes sociais do Palácio do Planalto e dos ministérios, e é parte de um “tuitaço” organizado para divulgar as ações do Poder Executivo. As mensagens começaram a ser publicadas no início da manhã e seguirão ao longo desta quinta-feira (17) com o uso da hashtag #Avançamos.

No vídeo em que um homem se afoga, o narrador diz que “era mais ou menos assim que o brasileiro estava em 2016. No caos, na desesperança, enfrentando a maior crise de todos os tempos. Os problemas só aumentavam e não havia saída”. 

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A água vai baixando até o pescoço e o ator levanta a cabeça para um respiro aliviado. “Aos poucos, com muito trabalho, as coisas foram melhorando. Saímos da recessão. A economia já dá os primeiros sinais de recuperação. Já tem mais comida na geladeira. O Brasil voltou a respirar. No fundo, você sabe que melhorou”, termina o texto.

Uma outra peça foi divulgada pelo perfil do Ministério do Trabalho no Twitter, com um relógio de fundo. “Dois anos atrás o Brasil estava parado no tempo. A economia travou e a população ficou paralisada com a crise. Desemprego, desordem, desesperança, mas a gente não podia perder tempo. Fizemos as reformas, avançamos, e hoje o país já começa a sair da crise. Hora de seguir em frente”, diz a peça. 

A ação de marketing ocorre dois dias depois de uma cerimônia no Palácio do Planalto ter sido realizada para comemorar os dois anos de governo. O evento foi mais discreto do que o de 2017: não foram exibidos vídeos e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliviera (MDB-CE), não compareceram.

As publicações coincidem com o dia em que se completa um ano desde que as gravações feitas pelo empresário e delator Joesley Batista, da JBS, vieram à tona. Ele gravou conversa com Temer no Palácio do Jaburu, evento que estava fora da agenda presidencial.

Durante o diálogo, o empresário conta que está fazendo um esforço para garantir o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso na Lava Jato. 

Uma das frases ditas pelo presidente -“Tem que manter isso, viu?”- foi usada pelo Ministério Público para sustentar duas denúncias contra ele pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça. Temer nega as acusações e se diz vítima de um ataque que visava enfraquecer seu governo.

O Planalto tem usado dados como a redução da inflação do patamar de 10% em 2016 para os atuais 2,98% para enfatizar uma melhora da economia, além do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que estava em queda havia dois anos e tem uma estimativa de crescimento em torno de 2,5% para este ano. 

Apesar da melhora no intervalo, indicador divulgado na quarta (16) pelo Banco Central mostrou que a economia brasileira teve queda de 0,74% em março na comparação com fevereiro, o que levou a atividade do primeiro trimestre a cair em relação aos três últimos meses do ano passado. (Folhapress)

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