Oswaldo de Oliveira foi anunciado como treinador do Atlético-MG em 26 de setembro, uma segunda-feira. No dia seguinte, o técnico já estava na Cidade do Galo, para acompanhar o treino e dar a primeira entrevista como novo comandante atleticano. Oswaldo chegou em um momento complicado do Galo, que chegava ao terceiro treinador em 2017 e estava mais próxima da zona do rebaixamento do que do G-7.
Mas em menos de três semanas o ambiente na Cidade do Galo já é outro. Mudou para melhor. Jogadores importantes voltaram a se sentir úteis, caso de Robinho, por exemplo. A desconfiança deu lugar à confiança e o viés atleticano é de alta. A distância para a zona do rebaixamento subiu de três para seis pontos, enquanto a diferença para o G-7 caiu de oito para somente três pontos. É verdade que nesse período teve o vice-campeonato da Copa da Primeira Liga. Mas algo que teve pouco ou quase nenhum impacto no trabalho de Oswaldo, diante da situação no Brasileiro.
E essa rápida recuperação na competição nacional só foi possível pelo crescimento da defesa. Há muito tempo o sistema defensivo do Atlético é alvo de críticas.
Nas últimas duas edições do Brasileirão, o alto número de gols sofridos explicam o motivo de o time não conseguir brigar com Corinthians e Palmeiras até o fim pelos títulos de 2015 e 2016, respectivamente.
Mas com Oswaldo, em apenas três semanas de Cidade do Galo, o Atlético pode completar quatro partidas sem sofrer gols. Algo que não acontece com o clube mineiro desde o primeiro semestre de 2015, ainda com Levir Culpi no comando do time. Jogos com URT, Tombense e Villa Nova, pelo Mineiro, e Independiente Santa Fe, pela Libertadores, fazem a última sequência de quatro partidas sem gols sofridos pelo Atlético. Desde então, passaram outros quatro treinadores pela Cidade do Galo. Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Roger Machado e Rogério Micale. E o máximo que conseguiram foram ficar três partidas em sequência sem sofrer gols.
“É importante essa marca. Por ser uma equipe ofensiva, a gente acaba sofrendo gols. Esperamos continuar assim, ficar sem sofrer gols. E pela qualidade do nosso time, se a gente não sofre gols, sabemos que uma hora vamos marcar lá na frente”, comentou o lateral direito Marcos Rocha.
Atlético-PR e São Paulo, pelo Brasileirão, e Londrina, pela Copa da Primeira Liga, são os três jogos que o Galo ficou sem sofrer gols com Oswaldo de Oliveira. Neste domingo, o time mineiro visita o Sport, às 17h, na Ilha do Retiro, pela 28ª rodada do Brasileirão. (Folhapress)