Publicidade
Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

Em transmissão ao vivo, Bolsonaro diz que universidade não é lugar de protesto

Compartilhar

Publicidade

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A um dia do segundo turno, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27) que universidade não é lugar de protesto. A fala foi feita durante transmissão ao vivo pelo Facebook, a última antes da votação de domingo (28).

“A universidade não é lugar disso mas, se querem fazer um ato desse, os dois lados têm que ter o direito de fazer”, disse, acusando que seus apoiadores não sejam autorizados a protestar.

Publicidade

“Se uma pessoa nossa qualquer quisesse colocar uma faixa lá “corrupção nunca mais’ ou ‘abaixo Maduro’, pronto, não teria oportunidade. Com toda certeza, não botaria essa faixa lá, seria escorraçado e seria agredido violentamente”, acusou o presidenciável sem relatar nenhum caso específico em que essa tentativa tenha ocorrido.

Publicidade

A Justiça Eleitoral autorizou nesta semana ações com ingresso da polícia em universidades públicas e privadas do país para a retirada de materiais que continham dizeres políticos, grande parte deles contrários ao fascismo e a favor da democracia. Alguns também continham críticas a Bolsonaro.

Há relatos de ao menos 30 instituições de ensino alvos de operações desde o início da semana, a maioria sob a justificativa de coibir propaganda eleitoral irregular. Os críticos da atuação dos órgãos oficiais apontam censura.

Publicidade

As ações da Justiça Eleitoral e de policiais incluíram a retirada de cartazes, veto a eventos e proibição da veiculação de artigos. 

Neste sábado, a ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu as autorizações para o recolhimento do material. Em sua decisão, ela disse que “toda forma de autoritarismo é iníqua” e que é “pior quando parte do estado”.

Segundo Bolsonaro, os protestos são provocados por uma minoria ativista.

“A maioria dos universitários é do bem, da paz. A minoria que é ativista que vai para violência”, disse.

O candidato do PSL disse ainda que os verdadeiros combatentes do fascismo foram os pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que foram para a Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

“Nós combatemos o fascismo, diferentemente dessa minoria que, ao defender o PT, que é fascista porque é estado. Não é que se equivocam, mentem, e tentam jogar para cima de mim a responsabilidade que não é minha, é deles.

Bolsonaro disse que, se eleito, deseja que os estudantes de escola pública se formem bons profissionais e ‘não um militante de esquerda, defensor dessas ideologias que não deram certo em lugar nenhum do mundo’. (Folhapress)

Leia mais:

Publicidade