A presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), em São Paulo para o debate sobre a reforma tributária promovido pelo Instituto Unidos Brasil surtiu efeito. O chefe do Executivo goiano ganhou destaque como opositor do texto atual da PEC 45/2019 que está em tramitação no Congresso Nacional e trata de ajustes tributários no país.

Caiado foi destaque em uma reportagem da Folha de S.Paulo onde diz que os novos tributos sobre o consumo criados pela reforma tributária terão uma alíquota de 29%, segundo dados do instituto de estatísticas do governo de Goiás. Foi o que o governador apresentou no evento de hoje.

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“Quem tiver mais padrinho e votos na hora vai dar conta de fazer o texto do Senado Federal, como foi na Câmara. E como é que ficam os outros setores?”, disse o governador de Goiás, reforçando ser um dos principais opositores ao texto como está e que foi aprovado na Câmara no início do mês, antes do recesso dos deputados federais.

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Caiado afirmou, ainda, um dos principais problemas pelos quais ele luta contra é o fim dos benefícios fiscais estaduais. “Os grandes conhecedores do tema dizem que não é guerra fiscal, isso é competição nos tributos”, disse, citando indiretamente a análise feita pelo colunista da Folha Marcos Mendes de que a guerra fiscal é a pior coisa do mundo.

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“Isso aqui é uma amostra que vocês estão levando ao conhecimento de toda a população brasileira daquilo que infelizmente a Câmara dos Deputados não fez. Eu espero que os senhores senadores possam exatamente requerer no início do mês de agosto sessões temáticos no plenário do Congresso Nacional para debater com a relevância que o assunto merece”, ainda pediu o governador de Goiás em seu discurso.

No evento, além de Caiado, também compareceram os senadores Laércio Oliveira (SE), Sérgio Moro (PR), Efraim Filho (PB), Alan Rick (AC), o economista-chefe da Warren e ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Felipe Salto e a senadora Soraya Thronicke (PODEMOS/MS).

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Moro, inclusive, chegou a propor, em seu discurso, que a reforma dos tributos sobre o consumo não deveria tratar da tributação do patrimônio. O senador se mostrou contra a possibilidade de aumento da arrecadação com IPTU (imposto sobre imóveis), ITCMD (heranças e doações) e IPVA (veículos). Para o parlamentar, isso é apenas uma intenção do governo federal de aumentar a carga tributária com a reforma.

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