Durante a participação no evento de comemoração dos 20 anos do Grupo Voto, em São Paulo, na última segunda-feira (9), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), defendeu a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O estado passa por uma crise na segurança pública, com uma série de episódios de violência policial vindo à tona nas últimas semanas.
Aos jornalistas, Caiado afirmou que a crise foi “fabricada” e que o colega governador é alvo de um “massacre” da imprensa. “Estão fazendo um massacre com o Tarcísio e o Derrite (secretário de Segurança Pública). Isso só vai trazer um vencedor, o crime organizado. Vocês da imprensa estão dando um presente aos criminosos”, disse o governador de Goiás.
Caiado é declaradamente contrário à proposta do Governo Federal de implementar o uso de câmeras corporais nas fardas de policiais militares. O governador chegou a afirmar que o projeto vai inibir a atuação das forças de segurança.
A atual situação enfrentada pela Segurança Pública de São Paulo, em partes, foi motivada pela exposição da atuação truculenta dos agentes contra a população. Em muitas imagens é possível observar ações violentas e descabidas por parte dos policiais durante as abordagens. As cenas vieram à tona por conta das imagens capturadas pelas câmeras.
Ronaldo Caiado aponta que as acusações contra a gestão do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, fazem parte de uma estratégia programa para a aprovação do projeto do governo Lula. “De maneira subliminar, é disso que se trata”, disse o governador goiano.
Durante o Fórum Nacional dos Governadores, em Brasília (DF) nesta terça-feira (10), Caiado apresentou um projeto alternativo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. O texto visa assegurar a autonomia dos estados para executar políticas públicas na área, e é descrito como oposto à proposta elaborada pelo governo Lula.
Entre as sugestões propostas ao projeto do Governo Federal está a de que a União atue “a pedido dos governadores” para enfrentar situações de desordem institucional e altos índices de criminalidade violenta.
Com informações da Folha de S.Paulo