O governador Marconi Perillo defendeu durante o 1º Fórum Espanha Brasil, o fortalecimento das relações comerciais bilaterais e multilaterais com o Mercado Comum Europeu, como forma de incrementar as exportações brasileiras, especialmente de estados emergentes como Goiás. Ele participou de dois painéis: Oportunidades para o Brasil e para Espanha na Nova Economia Digital e A Globalização Questionada: Protecionismo ou Livre Comércio, este último com a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Marconi convidou as secretárias de Estado de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Espanha, Carmen Vela, e de Comércio, María Luisa Poncela, a conhecer as potencialidades de Goiás, um dos estados que mais crescem no Brasil. Conversou também o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e o ex-ministro de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e atual presidente do Fórum de Líderes Empresariais (Lide), Luiz Fernando Furlan. Realizado no auditório do Hilton Hotel, o fórum reúne autoridades e investidores do Brasil e da Espanha e vista fortalecer o comércio bilateral entre os países.
Em entrevista à imprensa, na chegada ao evento, Marconi disse que o governo de Goiás tem uma política de aproximação com o países do mundo todo e também com seus embaixadores. Segundo ele, as missões empreendidas pelo atual governo estadual ajudaram a transformar Goiás num dos estados mais fortes do País. Marconi lembrou que, de 1999 para cá, período em que chegou ao governo pela primeira vez, Goiás multiplicou por quinze seu Produto Interno Bruto (PIB), com ampliação das relações comerciais de 50 para 150 países, por isso Goiás é sempre convidado a participar de eventos como o 1º Fórum Espanha Brasil, onde estavam presentes as mais importantes autoridades da área econômica dos dois países. “Esta é mais uma oportunidade que estamos tendo, aqui em São Paulo, de mostrar a força do nosso Estado”, afirmou.
Marconi afirmou ainda que algumas pessoas têm uma visão “muito pequena” em relação às missões comerciais, que visam atrair investimentos em tempos de crise. “Nesse período de dura crise, fomos à luta para buscar mais investimentos para o nosso Estado”. Para o governador, essa política agregou muito valor à economia goiana e o governo vai continuar “ousado” na atração de investimentos externo, ampliando e aprimorando as relações de Goiás com os outros países, “porque isso significa gerar emprego”, sem contar que abre mercados para os produtos goianos. “Quanto mais apresentamos Goiás lá fora, mais estaremos ampliando as condições para nossas exportações”, declarou, observando de de1999 para cá Goiás multiplicou por 20 suas exportações e ampliou de 50 para 150 os países com os quais mantém comércio.
Nos casos específicos de Espanha e Portugal, o governador enxerga um campo fértil, devido às ligações históricas do dois países com o Brasil. “Esse trabalho de aproximação tem muito a ver com as missões internacionais que lideramos e com a relação que temos com as embaixadas”, reforçou.
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso recebeu aplausos da plateia, dentre ela o próprio Marconi, quando defendeu uma aproximação maior do Mercosul com o Mercado Comum Europeu e com países do Tratado do Pacífico, como é o caso do México. “O Brasil poderia aproveitar desse momento de dificuldades de relacionamento do México com os Estados Unidos para uma reaproximação”, disse, referindo-se à economia mexicana.
Depois de prestigiar a palestra de Fernando Henrique, que contou com a participação do embaixador da União Européia no Brasil, João Cravinho, autoridades e investidores do Brasil e Espanha, Marconi participou de jantar em homenagem ao ex-presidente, com a presença do prefeito de São Paulo, João Dória. Na oportunidade, os co-presidentes do Fórum Espanha-Brasil, Mário Utsch, e Antônio Huertas, respectivamente, entregaram ao ex-presidente o Prêmio José de Anchieta, a mais alta condecoração do Governo da Espanha, entregue pelo Primeiro-Ministro Mariano Rajoy.
Além de autoridades econômicas dos dois países, o Fórum Espanha Brasil contou com a participação de representantes de grandes empresas espanholas: Repsol, Iberia, Elektro, Telefónica, Llorente & Cuenca, Indra, Santander, Navantia e brasileiras: Sadia, Osken, Eletrobras e representantes da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).