O presidente Michel Temer afirmou neste domingo (24) que deve manter a adoção do horário de verão neste ano. O governo avaliava a conveniência ou não de adotar a mudança no relógio neste ano, de acordo com informação da Casa Civil da Presidência da República.
Segundo relatos de presentes, em reunião com ministros e parlamentares no Palácio do Jaburu, ele afirmou que a tendência é não extingui-lo, mas que ainda espera análise do Ministério de Minas e Energia.
No encontro, a equipe presidencial considerou que o horário de verão já se tornou um hábito dos brasileiros e que sua mudança pode criar um desgaste desnecessário ao presidente.
A discussão da mudança ocorre no momento em que o peemedebista tanta barrar nova denúncia contra ele, desta vez por obstrução judicial e organização criminosa. Ainda assim, o Palácio do Planalto promoverá nesta semana uma enquete no portal oficial do governo federal para avaliar o impacto de uma eventual mudança.
Desde 2008, um decreto presidencial estabelece as datas para o início e término do programa de economia de energia.
A última edição foi de 16 de outubro de 2016 a 19 de fevereiro de 2017. No período, a economia foi de R$ 159,5 milhões, decorrentes da redução do uso de usinas termelétricas para complementar a geração de energia. O valor ficou abaixo do verificado na edição anterior (2015/2016), quando foram poupados R$ 162 milhões.
A economia reflete o maior uso de iluminação natural neste período, quando os relógios são adiantados em uma hora nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. A alteração não vigora nos Estados do Norte e Nordeste.
O horário de verão vem perdendo importância. Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado está em operação.
O programa foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932 e vem sendo adotado continuadamente desde 1985.
(FOLHA PRESS)