O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (18), que o relatório da reforma da Previdência ainda não foi concluído e que a Câmara votará um texto que representa entre 70% e 80% da proposta original do governo.
Ministros e deputados da base aliada reuniram-se com o presidente Michel Temer nesta manhã no Palácio da Alvorada para o que deveria ser a apresentação do texto do relator Arthur Maia (PPS-BA). No entanto, o parecer não foi concluído e a votação na comissão especial foi adiada desta terça (18) para a manhã de quarta-feira (19).
Questionado após a reunião sobre qual seria a idade mínima para a aposentadoria de mulheres e quais as regras finais para a aposentadoria rural, Meirelles respondeu que “é algo que está sendo discutido”. O relator da reforma, Arthur Maia (PPS-BA), definiu que adotará uma idade mínima de 62 anos para as mulheres e 65 para homens.
“Não há um formato final do relatório”, disse Meirelles. “Em resumo, o relatório não está pronto.”
Apesar de considerar que as concessões feitas pelo governo após pressão da base aliada ainda “asseguram a eficiência e a eficácia fiscal da reforma”, Meirelles disse que o impacto do texto final que deve ser apresentado aos deputados nesta quarta-feira (19) representa entre 70% e 80% do que era esperado com o texto enviado pelo Executivo ao Congresso no fim do ano passado.
“Esperamos que a proposta signifique algo próximo de 80% da reforma original”, disse o ministro em uma rápida entrevista. “Todas as modificações que estão sendo discutidas estão precificadas”, afirmou Meirelles.
Mesmo sem conhecer o texto final, o deputado e líder sindical Paulinho da Força (SD-SP) deixou o encontro fazendo críticas.
“Houve alguns avanços na proposta, mas há pontos que continuam muito ruins”, disse o parlamentar, mencionando como exemplo as regras de transição, a expectativa de idade mínima de 62 anos para mulher e 65 para homem e as regras para pensão. (Folhapress)