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Em resposta à Vilmar Rocha, José Eliton diz que já recebeu manifestação de deputados que “têm mandato para falar pelo PSD”

“Nós temos inclusive dentro do PSD a manifestação firme e forte do deputado federal Thiago Peixoto, do deputado estadual Francisco Júnior, aqueles que lideram o PSD e que têm mandato para falar pelo PSD. Entendo e compreende a posição individual do ex-secretário Vilmar Rocha e cabe a ele fazer sua avaliação de que caminho seguir. Me cabe governar o Estado e delegar isso aos partidos para fazer essa agenda partidária”, afirmou o governador de Goiás, José Eliton (PSDB), em resposta ao ex-secretário Vilmar Rocha (PSD) que afirma que o pré-candidato à reeleição tem até dia 30 de junho para consolidar seu nome.

Em entrevista ao Diário de Goiás nesta quarta-feira (2), José Eliton destacou que neste momento está focando em governar o Estado e que as decisões sobre candidato a vice-governador e à segunda vaga para o Senado serão determinadas pela base aliada. Segundo o governador, a maioria dos mais de 18 partidos que compõem a base aliada já manifestaram apoio à pré-candidatura do tucano.

“Não serei eu a definir essa questão.  O conjunto de partidos que compõe nossa aliança que vai chegar a um consenso. Tenho sempre destacado que é importante ter a capacidade de buscar a convergência, sabendo verificar as virtudes de cada um, as tendenciais de cada candidatura, aquele que melhor adequa ao projeto Novo Tempo Novo, ao projeto que está em execução e que serão apresentados seus avanços para o período de 2019 a 2022. Então, nós temos uma agenda sendo construída por todos os partidos que compõem nossa base, e acho que é importante ouvir a todos e construir conjuntamente esse consenso. É assim que estamos construindo essa agenda, ouvindo todos os partidos. Sabendo que a senadora Lúcia Vânia tem credencial, ela é senadora da República, pode disputar. O procurador de Justiça, ex-senador Demóstenes Torres, da mesma forma tem suas credenciais. O fato é que vamos chegar em um momento adequado para a convergência e definir a formação da chapa majoritária”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de haver avanços na conversa com o presidente do PSD, Vilmar Rocha, o governador ressaltou que está disponível e que pode ser que não concordem, mas não deixará de ouvir as demandas do ex-secretário e respeitar o posicionamento que tomará.

“Eu sempre falo que é importante ter a capacidade de dialogar. Quem não tem capacidade de dialogar não tem capacidade de governar. Caso o ex-secretário Vilmar Rocha queira sentar e conversar, eu terei o maior prazer e a maior alegria, mesmo porque eu o respeito enquanto cidadão, enquanto pessoa. Ele tem sua visão de mundo, respeito, posso não concordar, mas respeito. E terei a maior tranquilidade em debater com ele os temas importantes. Acho que é no diálogo, na conversa que podemos construir um projeto em comum. E se não for possível, respeito a posição dele como respeito a de todas as forças políticas, seja o MDB, seja o Democrata. Agora, é essencial, para quem quer governar, ter a capacidade de ouvir e isso eu faço com a maior tranquilidade”, concluiu. 

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Veja a entrevista:

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Leia a entrevista na íntegra:

Qual seu balanço sobre os 30 dias de governo?

– Bom, é um balanço, penso eu, positivo para o Estado de Goiás, um balanço positivo de ações que estão sendo implementadas, primeiro, no sentido de consolidar conquistas, de propicar avanços importantes para o ser humano, para o cidadão. Eu tive a oportunidade de destacar, em meu discurso de posse, no dia 7 de abril, justamente o foco, o foco principal nas ações que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas. Tenho trabalhado com muita intensidade para isso, tendo como prioridade governamental a manutenção do equilíbrio das contas públicas, mesmo porque sem essa as outras ações são impossíveis de serem realizadas, e a partir desse conceito, atuando intensivamente em uma agenda que envolve a mobilidade urbana, o transporte urbano, a segurança, saúde, educação, dentro da agenda modernizadora que a população já começa a perceber em seu dia a dia.

O que é essa agenda modernizadora?

– Por exemplo, na área de segurança pública, acabamos de lançar a cerca de duas semanas o plano denominado +Segurança, que envolve desde a reestruturação das forças policiais no que diz respeito às suas infraestrutura e logística, tanto de veículos quando de comunicação digital, uma série de questões que facilitam a ação policial, tendo como foco também ações que buscam combater os crimes chamados de menor potencial ofensivo, mas que vilipendiam as pessoas, que incomodam o cidadão, especialmente aquele que mais precisa, que usa o transporte público. Criamos o Batalhão de Terminal, hoje todas as plataformas do Eixo Anhanguera, e agora estamos expandindo. Hoje ainda estive no Terminal do Vera Cruz junto com o presidente do Tribunal de Justiça, do representante do Ministério Público, atuando com uma ação conjunta para pacificar as ações nos terminais. Já posso antecipar que os indicadores iniciais desde período apontam uma redução de mais de 80% nas notificações e mais de 50% das ocorrências dentro dos terminais. Estamos com um conjunto de homens à paisana, seja da Polícia Militar, da Polícia Civil, trafegando nos ônibus, e no período noturno uma viatura da Polícia, período chamado Corujão do transporte público, que está acompanhando todos os ônibus. Esse é um exemplo de uma agenda que esteve na base para poder avançar neste momento. Então, foco no ser humano, no cidadão. Mas não só isso, na área de Inteligência, a criação da unidade de recobrimento, uma força policial que fica à disposição do secretário de Segurança, que é vinculada à Inteligência. A inteligência detecta em uma cidade, em uma região elevados índices de determinado tipo penal e essa força de recobrimento atua imediatamente para combater algum tipo detectado, em uma ação coordenada e estratégica das forças de segurança. E é justamente por isso que estamos observando a redução dos indicadores de violência no Estado.

O tempo pode ser considerado o maior desafio neste resto de ano?

– O tempo é sempre um desafio. Nós temos pressa, os goianos têm pressa, eu também tenho pressa em buscar uma agenda extremamente forte, consistente para dar respostas à população. Penso que a atitude é muito importante. Na área da saúde, por exemplo, eu não quero discutir a competência do presidente da República, do governador, do prefeito. Se ficarmos nisso, e seria muito cômodo para mim, como ficam as pessoas que precisam de tratamento de saúde, de uma consulta, de uma cirurgia? Eu falei: Não quero saber disso, vou assumir a responsabilidade. Mostrando à população que é possível avançar. Só na última semana realizamos mais de 45 cirurgias em pessoas que esperavam há quatro anos, três anos. Realizamos quase mil consultas e exames médicos no terceiro turno da saúde. A partir dessa semana, as outras unidades hospitalares já estarão atendendo em terceiro turno. No primeiro período foi o CRER e HGG, agora as demais unidades, que estarei visitando ao longo dessas próximas semanas também. Então, são agendas que importam e que demonstra que é possível avançar. Alguém pode falar: Porque não fez isso antes? É muito simples, porque precisava estruturar, no caso específico da saúde, a rede estadual de saúde para a partir daí construir essa agenda importante para as pessoas. E é isso que estamos fazendo, com coragem, com determinação, sem ficar enrolando ninguém e falando: Se o prefeito não quer assumir, se o presidente não quer assumir, nós vamos assumir porque o que importa é atender as pessoas.

Como funcionará a intervenção na Central de Regulação?

– Nós estamos encaminhando ainda esta semana para a Assembleia Legislativa um projeto de Lei que trata dessa matéria. O que é a Regulação? Normalmente nesse órgão ficam registrados todos os pedidos de exame, de consulta, de cirurgia, e aí você cria uma fila de cirurgias. Por uma razão ou outra, essa fila acaba por ser bagunçada e não conseguir resolver. E o Estado não pode receber essas pessoas que não forem reguladas, porque o Sistema Único de Saúde exige para a recomposição dos valores gastos pelo Ministério da Saúde você tenha que passar por essa regulação. Então, estamos fazendo o seguinte: nos hospitais da rede estadual, estamos fazendo a regulação própria. Já fizemos o chamamento da Organização Social para fazer a gestão dessa regulação e aqueles que estarão sendo atendidos serão regulados pelo próprio Estado. Estamos pegando aqueles que estão há mais tempo nas filas, seja para cirurgias de vesícula, de quadril ou de hérnia, para chamar essas pessoas. É justamente por isso que estamos ganhando agilidade. Algumas pessoas são chamadas, por exemplo, para consulta e não vão, porque essas pessoas, por uma razão ou outra, já fizeram e a regulação hoje não tem o controle disso. O que queremos efetivamente é racionalizar para atender as pessoas que precisam.

É uma nova Central ou será transferida da Prefeitura para o Estado?

– O Estado fará a sua Central de Regulação, que será no primeiro momento nas unidades hospitalares administradas pelo próprio Estado.

O prefeito de Goiânia afirmou que o Hugo faz um subatendimento, ele chegou a citar um número de atendimentos. Isso procede?

– Acho que eu tenho tido um ótimo relacionamento com o prefeito Iris Rezende, não quero aqui em momento algum jogar a responsabilidade para quem quer que seja, não vou discutir os problemas do Cais porque o cidadão sabe disso. Eu tenho certeza e convicção que hoje o Brasil inteiro vem a Goiás conhecer nosso modelo de gestão hospitalar. O Hugo se tornou referência no país hoje. O Hugol, da mesma forma. A rede interligada de Hospitais de Urgência do Estado vem se transformando em referencias, e os usuários que vão lá apontam mais de 90% de satisfação. É claro que temos desafios, temos problemas na área da saúde, mas tenho coragem para enfrentá-los. Então, não quero entrar nesse debate que, ao meu ver, é vazio. É vazio porque não vou ficar jogando. Eu quero é chamar o prefeito Iris, como discuti com ele e ele discutiu conosco, e se comprometeu a trabalharmos juntos, somando esforços para atender as pessoas. Acho que quem quer brigar acaba perdendo tempo na vida e eu quero dar é solução.

Quando o recurso esperado pelo Estado será repassado à Prefeitura para que seja dada continuidade às obras da Leste Oeste?

– Em 2014 houve um problema muito mais burocrático em relação à capacidade de recebimento dos recursos por parte do município do que a capacidade de entrega dos recursos por parte do Estado. Desta feita, estive justamente nessa reunião com o prefeito colocando a firme determinação do governo em aportar os recursos que foram devidamente combinados. Eu sempre falo que ninguém é obrigado a combinar, mas quando combina é obrigado a cumprir. Então, o prefeito já apresentou um projeto, teve que mudar agora uma questão de orçamento na área de engenharia, já retornou à Prefeitura e o prefeito se comprometeu a, muito em breve, estar voltando. Uma vez solucionados os problemas de projeto, vamos imediatamente fazer uma solenidade e vou repassar os recursos que foram combinados, porque acho que é uma obra importante, não só para o transporte, mobilidade urbana, trânsito da capital. Então, a Leste Oeste é uma ação importantíssima. Estamos nos propondo a ajudar e vamos aportar o recurso. Eu já convidei o prefeito Iris, ele aceitou o convite, e assim que terminar essa parte, vamos fazer uma solenidade para entregar o recurso.

As pessoas precisam que as coisas sejam resolvidas com agilidade

– Sem dúvidas. Já estamos com convênios firmados com 180 municípios no Estado de goiás. Vamos chegar agora a mais de 200 municípios com convênios firmados e recursos repassados. Agra, é claro que o Estado não pode fazer o projeto, aquilo que é competência do município fazer especificamente neste caso. Mas o prefeito já está tomando as providências, segundo ele me falou, e eu quero crer que nas próximas semanas o município já vai ter cumprido sua obrigação e nós vamos fazer o convênio e repassar o recurso.

Algumas pessoas acusam o Estado de fazer blitz só para arrecadar dinheiro. Como o senhor avalia essas manifestações?

– Acho que todos têm o dever de obedecer as leis. As blitzes existem para, muito mais, orientar o cidadão, evitar desastres. Quando você tem uma blitz da Balada Responsável, onde uma pessoa vai para fazer o exame do bafômetro, será que essa blitz está errada? Quantas pessoas podem morrer se essa blitz não existir e, muitas vezes, não tirar do volante aqueles que ingeriram bebida? Não seria irresponsabilidade não fazer essas blitz? Quantas armas já foram apreendidas em diversas blitz que foram feitas. Então, acho que as pessoas têm que ter responsabilidade quando vão tratar as questões. Mesmo porque o cidadão de bem, aquele que está certo, qual o problema em passar em uma blitz? Se eu estiver dirigindo um veículo e passar em uma blitz, não terei problemas. Vou parar, entregar os documentos do veículo, organizar e sair. Agora, só tem medo de blitz porque está errado por alguma razão.

Outras pessoas dizem que as unidades de saúde são referência em superlotação. Quais seriam?

– Acho que ele deveria conhecer o Hugol, o Hugo, o CRER, o HGG, conhecer os hospitais da rede estadual para que faça uma avaliação. Eu convido para estar com nosso secretário ou com qualquer um dos diretores das unidades hospitalares administradas pelo Estado, para verificar in loco.

As contas do ex-governador Marconi Perillo foram aprovadas pelo TCE, mas com ressalvas. Como será o trabalho do Estado para que as contas fiquem no azul e para que cumpra a recomendação do TCE?

– Acho que o julgamento do TCE foi feito com base em dados objetivos, com aquilo que estava contido nos autos, nas contas prestadas pelo Estado em 2017. Tivemos um resultado fiscal muito positivo no ano passado, tanto que as contas foram aprovadas. Evidentemente as ressalvas são pontos de alerta que o Estado deve ter constantemente e vamos ter, especificamente com a aplicação das vinculações constitucionais, aqui leia-se especificamente na área de educação e saúde, além de ciência e tecnologia e outras que temos obrigação constitucional de aplicar os mínimos necessários. Estamos com olhar atento nas disposições e determinações estabelecidas pelo Tribunal de Contas, acho inclusive que são salutares, porque são balizadoras de alguns parâmetros importantes para o gestor público poder dar eficiência ao gasto público. Estive reunido com toda a equipe econômica, parte da Fazenda, Secretaria de Governo, de Gestão e Planejamento, Casa Civil, para justamente analisar ponto a ponto as determinações porque queremos cumprir todas elas, para que possamos fechar o exercício de 2018 em uma situação fiscal adequada.

O cidadão está mais preocupado em ser bem atendido do que com obras?

– Acho que tudo é o momento da história. Se você for a um dos países escandinavos onde a infraestrutura está completamente feita, obviamente a demanda número um será com a qualidade dos serviços prestados ao cidadão que ali vive. No caso no Brasil temos um desafio muito grande, é um país continental, que tem que fazer toda sua infra3estrutura e isso demanda muitos recursos públicos na construção dessa infraestrutura. Estamos casando os dois elementos em Goiás. Conseguimos avançar muito na oferta de serviços públicos, talvez tenhamos aqui um modelo de sucesso, que são as unidades do Vapt Vupt, que se tornaram referência em prestação de servia à população, mas temos um leque de sérvios a serem prestados, tanto na área de saúde, na área de educação. Saltamos do 16º em 1999 para o 1º lugar no Ideb hoje, queremos avançar não só na condição de 1º lugar no Ideb, mas crescer a cada dia para que possamos ter o melhor ensino público do país. Então, são ações continuadas de serviços públicos à população. Quando o cidadão quer registrar um TCO, e até semana passada não era possível fazer isso em qualquer lugar, hoje uma viatura passando com um tablet, você já pode registrar o TCO que depois é validado pela autoridade da Polícia Civil.

Os delegados resistiram a essa ideia?

– Resistiram. Hoje tive reunião com os delegados, vamos discutir com o Tribunal de Justiça porque a legislação é baseada em uma resolução para fazer apenas uma adequação em relação a isso, para garantirmos a agilidade na lavratura do TCO e ao mesmo tempo preservarmos as competências institucionais. Então, estamos construindo essa alternativa, mas é um processo natural de aperfeiçoamento de uma matéria que visa atender com mais agilidade o cidadão. Quando nós levamos o policial para estar na plataforma, vigiando o transporte, estamos fazendo um serviço de qualidade. Quando estamos, e hoje pude observar, colocando os ordenadores de filas para evitar aquela cena de embarque onde as pessoas se aglomeram na porta dos ônibus para entrar, queremos é dar um pouco mais de conforto e respeito às pessoas, à mulher, para que seja respeitada, o senhor idoso. Isso é serviço público de qualidade. Hoje fiquei muito feliz ao estar com o presidente do Tribunal de Justiça, com o representante do Ministério Público, o prefeito de Goiânia, que também se comprometeu com a área de assistência social do município, onde se tiver algum tipo de ocorrência, a Polícia já está lá, fará a lavratura do TCO, o poder Judiciário estará lá, já vai dar um encaminhamento, com muito mais agilidade. Todos ganham com isso. Então, acho que esse é o desafio, e me proponho a justamente isso, fazer um Estado mais ágil, que possa dar respostas de maneira mais ágil da sociedade.

Vilmar Rocha disse que o senhor tem até 30 de junho para se consolidar. O senhor trabalha com algum prazo?

– Primeiro que não estou preocupado com eleição agora, estou preocupado em governar o Estado de Goiás. Isso cabe aos partidos políticos, mas nossa base é muito ampla, nós devemos ter mais de 18 partidos compondo nossa coligação, a grande maioria desses partidos já manifestou apoio. Nós temos inclusive dentro do PSD a manifestação firme e forte do deputado federal Thiago Peixoto, do deputado estadual Francisco Júnior, aqueles que lideram o PSD e que têm mandato para falar pelo PSD. Entendo e compreende a posição individual do ex-secretário Vilmar Rocha e cabe a ele fazer sua avaliação de que caminho seguir. Me cabe governar o Estado e delegar isso aos partidos para fazer essa agenda partidária.

A negociação com o presidente do PSD não tem possibilidade de avançar?

– Não. Eu sempre falo que é importante ter a capacidade de dialogar. Quem não tem capacidade de dialogar não tem capacidade de governar. Caso o ex-secretário Vilmar Rocha queira sentar e conversar, eu terei o maior prazer e a maior alegria, mesmo porque eu o respeito enquanto cidadão, enquanto pessoa. Ele tem sua visão de mundo, respeito, posso não concordar, mas respeito. E terei a maior tranquilidade em debater com ele os temas importantes. Acho que é no diálogo, na conversa que podemos construir um projeto em comum. E se não for possível, respeito a posição dele como respeito a de todas as forças políticas, seja o MDB, seja o Democrata. Agora, é essencial, para quem quer governar, ter a capacidade de ouvir e isso eu faço com a maior tranquilidade.

Como será definida a segunda vaga ao Senado e a candidatura à vice-governadoria?

– Primeiro que não serei eu a definir essa questão.  O conjunto de partidos que compõe nossa aliança que vai chegar a um consenso. Tenho sempre destacado que é importante ter a capacidade de buscar a convergência, sabendo verificar as virtudes de cada um, as tendenciais de cada candidatura, aquele que melhor adequa ao projeto Novo Tempo Novo, ao projeto que está em execução e que serão apresentados seus avanços para o período de 2019 a 2022. Então, nós temos uma agenda sendo construída por todos os partidos que compõem nossa base, e acho que é importante ouvir a todos e construir conjuntamente esse consenso. É assim que estamos construindo essa agenda, ouvindo todos os partidos. Sabendo que a senadora Lúcia Vânia tem credencial, ela é senadora da República, pode disputar. O procurador de Justiça, ex-senador Demóstenes Torres, da mesma forma tem suas credenciais. O fato é que vamos chegar em um momento adequado para a convergência e definir a formação da chapa majoritária.

Tem uma previsão de quando será definido?

– Eu digo que se pudesse ser hoje à noite seria maravilhosa a definição da chapa, mas os partidos vão ter seu tempo, entender o seu tempo e nós vamos chegar a um consenso a cerca dessas agendas. O PP tem destacado, como outros partidos, a posição dele, mas o fato é que o PP está integrado a este governo, é partícipe deste governo, ocupa postos estratégicos neste governo justamente pela representação de seus deputados que já manifestação clara e publicamente sobre posição, assim como o ministro Baldy tem dialogado conosco constantemente.

Quais concursos já estão autorizados para a área de segurança pública?

– Já está em tramitação da área de Educação, da área fazendária também tem um concurso aberto e nós queremos ampliar essas ações. É claro que temos o problema de tempo em função da legislação eleitoral, mas estou discutindo com a Secretaria de Gestão e Planejamento, que é responsável por essa agenda para que, no mais rápido possível, tenhamos condições de lançar os outros editais que já foram anunciados.

A sua agenda não inclui o ex-governador Marconi Perillo?

– O ex-governador Marconi esteve comigo no lançamento do Programa +Segurança, depois esteve no Palácio em uma agenda com os prefeitos, entregando mais uma parcela do Programa Goiás na Frente. Neste feriado, no dia 30, estivemos juntos no TER, depois viemos aqui e tivemos uma conversa longa. Amanhã estaremos juntos em Luziânia, portanto, acho que essa agenda é uma agenda comum. E ele também tem a sua agenda, que deve conduzir, mesmo porque está sendo delegado muito mais a ele a condução da agenda política da nossa base. Então, ele exerce essa liderança com naturalidade.

Quem o senhor prefere enfrentar no segundo turno, Ronaldo Caiado ou Daniel Vilela?

– Eu prefiro ganhar no primeiro turno. A sociedade é que vai escolher. Eu faço analogia com o futebol, que sou apaixonado. Quem quer ser campeão não escolhe adversário.

Há números que confirmam que o senhor pode ter crescimento nas pesquisas e vencer em primeiro turno?

– Eu trabalho muito com os resultados que estamos fazendo. Acho que vou trabalhar no processo eleitoral conversando com sinceridade, colocando as questões da maneira que penso, com muita clareza, mostrando a realidade do Estado. Porque tem muita gente que faz promessa e depois você pergunta: De onde você vai tirar dinheiro para isso? Simplesmente não sabe falar. O que vamos mostrar são os avanços e conquistas que observamos ao longo do tempo, das últimas décadas, mesmo porque as últimas pesquisas qualitativas são unanimes. Mesmo aqueles que são críticos ao governador Marconi reconhecem o avanço do Estado de Goiás ao longo destes últimos anos. E o que queremos é garantir essas conquistas e avançar mais, propiciar a modernização do Estado, as relações do Estado e sociedade, conseguir instalar o Estado de Goiás nesse novo século, da ética, um momento do conhecimento, do saber, de ações importantes para a população. E acho que o trabalho é fundamental para essa agenda. Então, nós vamos trabalhar muito para isso, mas quem decide são todos aqueles que têm direito ao voto, todos os cidadãos goianos que farão sua escolha livremente, licitamente em outubro.

Quando o senhor diz que “quem quer governar tem que saber dialogar”, é um recado para Daniel Vilela?

– Não, eu digo isso não é de hoje. Acho que isso é muito importante. Outro dia alguém me perguntou: Se Caiado quiser conversar com você? Não tem problema, eu dialogo com ele, com todos. Dialogo com todos os movimentos legítimos que queiram dialogar, que queiram conversar. Não significa que nós possamos concordar com tudo, mas significa que temos capacidade de ouvir, buscar entender e compreender, inclusive aqueles que pensam diferente, mesmo porque quem quer que seja eleito governador, será eleito por uma parte dos goianos e você tem que governar para todos os goianos. Você tem que superar as diferenças e buscar estabelecer políticas públicas. Às vezes eu posso construir uma agenda com determinado partido, que está em outro campo, mas que as ideias são importantes para a sociedade. Que mal tem conversarmos e construir uma agenda que importe para o cidadão? O que eu quero é justamente desenvolver políticas públicas, que as pessoas tenham compreensão de que aquilo atinge seus objetivos, seus anseios, suas necessidades.

Deputados do PSDB manifestaram nota de repúdio sobre uma intervenção em alguns diretórios do partido no Estado, que criaram uma Comissão Provisória. Também há um pedido para que os deputados conversem com o senhor sobre esse assunto. Já há encaminhamento para que ocorra essa conversa?

– Essa matéria está completamente superada. Foi muito mais um equívoco, não houve qualquer intervenção em qualquer diretório. Houve a instalação de uma Comissão para fazer uma análise, segundo o presidente Vecci me falou, da realidade de cada município, o que é absolutamente normal. Obviamente todas as lideranças que representam seus municípios serão ouvidas no processo de decisão. Portanto, essa matéria já foi superada dentro do PSDB, estamos alinhados, unidos, dialogando com muita ênfase. Tive uma reunião recente com nossa base, todos os partidos reunidos, alinhavamos questões importantes para garantir a governabilidade, em primeiro momento, garantir sempre que a gente possa avançar em ações importantes. Acho que isso está absolutamente superado e nós estamos seguindo em frente, avançando sem parar.

O senador Ronaldo Caiado se refere aos marconistas como “carrapatos”. Como o senhor avalia isso?

– É um exagero de linguagem, alguém que, muitas vezes, quer fazer analogias com situações que não cabem na política. Eu fico imaginando se todo aquele que ele chamou “para fora”, para brigar, tivesse ido brigar com ele. Imagina que situação mais deprimente? Eu posso ter críticas ao senador Ronaldo Caiado como posso ter elogios. Eu não preciso descer a um nível tão rasteiro como esse, mesmo porque o Senado da República me parece um local onde é preciso ter grandes homens, grandes políticos que possam buscar construir uma agenda importante para o Estado de Goiás. É lamentável em pleno século 21 enxergarmos políticos com esse tipo de adjetivação. Eu prefiro tratar a todos com respeito, buscando enxergar neles o que há de melhor, o que eles podem contribuir para a sociedade. Você jamais vai me ver fazendo esse tipo de analogia porque acho que Goiás não merece mais esse tipo de política.

Leia mais:

  • Realizamos mais de 45 cirurgias e mais de mil consultas e exames com 3º turno, diz José Eliton
  • Vilmar Rocha estipula que José Eliton tem até 30 de junho para consolidar candidatura
  • José Éliton justifica que demissões de pessoas ligadas a Vilmar Rocha não são políticas

 

Thais Dutra

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